O PORTO E A MENTIRA

Segundo o marechal  Otto Vön Bismarck, que viveu no século XIX e foi responsável pela reunificação da Alemanha, nunca se mente tanto quanto antes de uma eleição, durante uma guerra e depois de uma caçada.

Na semana passada afirmou-se na televisão que as obras do Porto de Luiz Correia apresentavam apenas e tão somente problemas técnicos, por isso tinham sido suspensas. Isso não é verdade. Em 3 de julho de 2013, o juiz federal Lucas Rosendo Lima, da comarca de Parnaíba, determinou o bloqueio dos bens dos ex-secretários estaduais de transportes e engenheiros ligados À obra do porto, entre os anos de 2007 a 2010. O juiz atendeu a um pedido feito pelo Ministério Público Federal,. Segundo o Procurador da República Kelston Lages, o valor do desvio dos recursos públicos pode chegar a R$ 12 milhões de reais.

"A liminar tem como finalidade assegurar bens para que os cofres públicos sejam ressarcidos", declarou na época, Disse ainda que a situação é ainda mais grave porque foi constatada a existência de pagamentos indevidos, superfaturamentos, pagamentos antecipados e transferências irregulares da conta específica do convênio, na ordem de 3 milhões, para a conta do estado.

DENÚNCIA

Como se vê, não se trata absolutamente de questão meramente técnica. O Ministério Público Federal denuncia desvios de recursos públicos do governo federal que foram repassados para o governo do estado. E, mais grave, coloca a responsabilidade diretamente sobre ex-secretários estaduais da época em que os valores foram repassados.

BENS

A Justiça decretou a indisponibilidade dos bens dos acusados. São ele: Luciano José Linard Paes Landim, Alexandre de Castro Nogueira, e Norma Maria da Costa Sales; Antônio Silvano Alencar de Almeira, Marlus Fernando de Brito Melo e Anderson Castelo Branco Lopes, Wilson do Egito Coelho Filho e Vivaldo Tavares Gomes.

(Diário do Povo)