Antônio Gallas(*)
Não se trata aqui do filme americano “Pretty Woman” de 1990 dirigido por Garry Marshal que foi estrelado por Richard Gere e Julia Roberts, muito menos da canção do Roy Orbison “Oh Pretty Woman!” que serviu de fundo musical do referido filme. Mas trata-se mesmo de uma linda mulher que caminhou pelas ruas desta cidade abençoada por nossa Senhora da Graça, chamando a atenção de todos (isto é, daqueles que gostam, é claro,) por onde ela passava. Uma linda mulher daquelas que costumamos dizer, “de parar o trânsito”, “de fechar o comércio” ou “de fazer avião mudar de rota”. Um verdadeiro “pedaço de pecado ambulante” que no meu entender, se apreciar o que é belo não é nenhum pecado... E isso me remonta a duas grandes figuras que tive o prazer de conhecer: o professor Barreto, assíduo frequentador do Bar do Santana em Teresina e o nosso saudoso Balula declamador e orador eloquente. Professor Barreto quando se deparava com um desses monumentos exclamava alto e em bom tom: “caramba! Tem seu valor!... Já o nosso Balula com aquele entusiasmo que lhe era peculiar dizia: “que maravilha! Abriram as portas do céu!” “Deus soltou um anjo”! e arrematava: ‘se Deus fez algo mais bonito e melhor do que mulher, escondeu. Ficou prá Ele”...Com essa linda mulher que transitou pelas ruas da nossa querida Parnaíba chamando a atenção de todos mantive um pequeno diálogo,, embora um diálogo não amistoso, mas tive o prazer também de ouvir sua voz. Foi mais ou menos assim:
Num desses feriados prolongados em que muitas pessoas buscam o litoral do Piauí pelas belezas naturais, pela tranquilidade e também pela amabilidade e hospitalidade de seu povo foi que conheci a dita cuja, ou seja, esta linda mulher. Vinha eu caminhando pela rua que dá acesso à Praça da Graça ( Monsenhor Lopes, salvo engano) pelo lado que dá acesso à Catedral quando saiu de uma daquelas lojas das galerias do Hotel Delta duas mulheres. Uma aparentando uns 30 e poucos anos, e a outra bem mais jovem. A mais velha é a quem me refiro nesta crônica. Parei um pouco e fiquei observando aquele belo espécime da autoria do grande Deus do Universo. Ela ao perceber indagou-me da seguinte forma: - Você nunca viu uma mulher na sua vida? De pronto respondi: muitas, mas com a sua beleza são poucas. Então ela retrucou: Você me respeite! Do mesmo modo respondi-lhe: - Não estou lhe faltando com respeito. Pelo contrário, estou lhe fazendo um elogio. Novamente ela retrucou: - Você é muito audacioso, seu insolente, vou dizer pro meu marido. Eu não me fiz de rogado e respondi na mesma pisada, em cima das buchas: - Pode dizer, mas tenho certeza que ele vai concordar comigo.
À essa altura dos acontecimentos a colega dela disparava em gargalhada. As duas saíram em passos apressados na direção da avenida Presidente Vargas e até hoje não sei se ela gostou ou não do elogio. Só ela, somente ela poderá esclarecer esta minha dúvida. Mas o certo é que uma linda mulher nunca deixa de ser um colírio para os nossos olhos. Esta apareceu apenas para somar com tantas outras que habitam a nossa bela e querida cidade da Parnaíba.
(*)Antônio Gallas é professor e jornalista
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