OPINIÃO : Dinheiro e educação nem sempre andam de mãos dadas

Hoje, ao sair de uma das padarias do bairro Nova Parnaíba, flagrei a deprimente cena de humilhação sofrida por uma empregada doméstica, ao ser xingada pelo patrão(pequeno comerciante) na frente de metade do quarteirão. Típico comportamento dos sádicos. Sem praticamente nenhum conhecimento do universo das letras, o indivíduo, que antes falava bem baixinho em virtude da condição financeira desfavorável, passou, depois de ganhar um pouco mais de dinheiro, a se comportar de outra forma com todos ao seu redor. Ele nasceu sem dinheiro e, ao longo da vida, não obteve educação, de nenhum tipo. E ainda tem gente que pensa que basta ter dinheiro para se ter educação, como se fosse um produto comprado em supermercado.

Voltei para casa pensando que, enquanto há os que não estão nem preparados psicologicamente para ter um pouco de dinheiro, existem, em Parnaíba, pessoas extremamente humildades e de uma simplicidade constrangedora, a exemplo do Dr. Léo Leonardo Soares Lages Gonçalves, com amplo gabarito intelectual e acadêmico. Em seu hospital, e por onde trabalha, atende a todos da mesma forma, sem fazer nenhuma distinção de classe social.

Dr. Léo faz parte de uma pequena parcela da população parnaibana detentora de saber, de verdade, e com visão de mundo adquirida em contato com outras culturas do mundo em suas viagens internacionais, um privilégio para poucos nessa parte do Brasil. E, nem por isso, se tornou arrogante e soberbo, o que acontece com muitos, infelizmente.

Por Ribamar Aragão