12 de jul. de 2014

No Piauí, associação de mulheres se especializa na coleta de mariscos

O trabalho é pesado, mas as catadoras não reclamam  Associadas faturam, em épocas boas, até um salário mínimo.

Do Globo Rural
Um grupo de mulheres do Piauí criou uma associação para a coleta de mariscos. Juntas, elas estão conseguindo ganhar um bom dinheiro com o processamento dos moluscos.
O trabalho pesado fica por conta delas: pescadoras, donas de casa, mães, marisqueiras. Sem o que o mar oferece, nada disso faria sentido.
O grupo é unido, são quase 50 mulheres que se revezam na cata do marisco, fruto do mar abundante em um pedaço de litoral do Piauí. No auge do período de cata, entre os meses de março e novembro, as mulheres dão expediente no mangue em busca de um tesouro, que está poucos centímetros abaixo da lama. É com a cata do marisco, que elas garantem o próprio sustento e a continuação de uma tradição familiar.
Nem todas receberam o oficio como herança de família, teve gente que chegou há pouco tempo, trazida pela oportunidade de trabalho, oferecida pela Associação de Marisqueiras, que começou a funcionar há quatro anos e hoje conta com associadas com idades entre 26 e 60 anos.
]Na busca pelo marisco, as catadoras enfrentam a maré e o sol forte por até 10 horas seguidas, mas tudo, claro, sem perder o bom humor.
A recompensa até parece pequena diante de tanto esforço. Uma caixa cheia de mariscos chega a pesar 41 quilos.
Na sede da associação, a divisão de tarefas continua. Enquanto as marisqueiras limpam os crustáceos, outra turma é responsável pela parte mais delicada: retirar o molusco de dentro da concha. A renda da produção é dividida entre as associadas, que faturam em épocas boas, até um salário mínimo.
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