4 de jul. de 2014
As promessas das pipas
Quando candidato ao governo em 2002, o petista Wellington Dias dava a sua palavra de que estava chegando ao fim a triste história do sertanejo da lata dágua na cabeça. Ele garantia que, com a eleição presidencial de seu companheiro Lula, a gestão petista, compartilhada, passaria uma borracha nessa história sombria da vida no semiárido. O então candidato criticava gestões passadas que escoravam suas políticas na utilização de carros pipas que não passavam de um paliativo para os males da seca. Passados os dois mandatos de Wellington Dias, o petista não só utilizou dos mesmos instrumentos que criticou – a utilização constantes dos carros pipas – como, agora, procura tirar proveito do flagelo. Aliás, partidários de Wellington, como o deputado Fábio Novo, atacam a gestão anterior de Wilson Martins não porque utilizou o carro pipa, mas pelo fato de que as ações daquela gestão interromperam o processo de distribuição de água. Os argumentos do atual governo é de que para não morrer de sede, o sertanejo terá água que será paga com recursos estaduais, uma vez que há impedimento fiscal para o governo do Estado receber os recursos federais de emergência da seca. O que se vê, portanto, é que existe um compromisso político em campanhas e um outro comportamento quando o candidato senta à cadeira número 1 do Palácio de Karnak e, como sempre, a classe menos favorecida, alojada na região mais paupérrima do país, continua à mingua. Desde os mandatos passados para o mandato que vem, como diria Chico Buarque.
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