A seca prolongada e sem operação carros-pipa, piora a situação dos trabalhadores no semiárido piauiense. A Fetag (Federação dos Trabalhadores da Agricultura) informou nesta quarta-feira (18) que já ocorre racionamento de água nas cisternas nos municípios mais críticos. Segundo a presidente da Fetag, Elisangela Maria dos Santos Moura, os trabalhadores estão tendo que comprar água a preço de R$ 50,00 a R$ 120,00.
No Piauí, dos 201 municípios em situação de emergência, 127 deles estão sem abastecimento através da operação carros-pipa.
Semana passada, a secretária Estadual de Defesa Civil, Simone Pereira alertou para o risco de morte humana, devido à falta de água nos municípios.
“Estive em Brasília na última segunda-feira e o que me informaram é que existem recursos, mas só pode liberar com autorização da presidente Dilma Rousseff”, disse a secretária.
Simone Pereira garante que não existe nenhuma pendência administrativa para barrar a liberação dos recursos para o Estado.
O governador Zé Filho (PMDB) também se irritou com a suspensão da operação carro-pipa e ameaçou romper com o governo.
A presidente da Fetag informou que as regiões mais graves com escassez de água são em Queimada Nova, Picos, Paulistana, São Raimundo Nonato, Caridade, Jurema, São Braz e Conceição do Canindé.
“Moradores estão fazendo racionamento de água nas cisternas. Se tomavam banho duas vezes ao dia, tomam apenas uma ou às vezes nem banham para economizar a água que está cada dia mais escassa”, disse Elisangela Moura.
Ela disse que não tem conhecimento de reajuste na tabela de água no semiárido. Que o tambor com 200 litros de água – que dura uma semana para quatro pessoas – custa R$ 50,00 e que a carrada custa R$ 120,00.
“Estamos cobrando providências urgentes do governo para que evite as mortes de animais e de pessoas no Estado. A situação está cada dia pior”, disse a presidente da Fetag.
Flash Yala Sena
yalasena@cidadeverde.com
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