9 de jun. de 2014

Adeus, concursos

O Piauí vive, como disse o governador Zé Filho, no fio da navalha. As finanças públicas podem não estar degringoladas, mas quase. O custeio da máquina cresceu demais e as contas salariais deram guinadas que fizeram acender a luz amarela, ou mesmo a vermelha para que se pare de gastar demais. Nesta situação, mais importante para o governo e seu condutor, candidato à reeleição, seria cuidar para que salários e custeio de máquina sejam pagos em dia. Tarefa dura que certamente pode resultar em cortes onde eles forem possíveis – como pessoal terceirizado e cargos comissionados. Também requer o momento delicado de véspera do desequilíbrio financeiro que não se admitam mais servidores públicos efetivos, aqueles contratados por concurso. O concurso da Secretaria da Educação – 2.950 professores, 50 nutricionistas – certamente não terá condições de ser levado adiante este ano, porque a entrada imediata desses novos profissionais representaria um gasto adicional de R$ 3,2 milhões mensais – considerando apenas os salários sem encargos. Outros concursos devem seguir a mesma lógica fria da matemática financeira, que requer corte de gastos e o adiamento máximo de novas (mas necessárias) despesas com servidores.

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