Eduardo Carvalho e Renata Maia estão em Parnaíba desde domingo, 11, eles chegaram de uma expedição batizada de Delta PET, como parte do Projeto Grandes Rios do Brasil, que levou sete dias e teve início em Teresina de onde saíram em um veleiro que eles próprios construíram com garrafas PET e materiais recicláveis, a embarcação se chama 'Tes Prisma'.
Durante o percurso aportaram em lugares como Novo Nilo, União, Miguel Alves, Porto, Luzilândia, Milagres e Magalhães de Almeida realizando trabalho de Educação Ambiental nas comunidades ribeirinhas e escolas com informações sobre poluição, lixo e o que fazer para reaproveitá-lo de um jeito inteligente.
Segundo o casal, essa ideia começou em 2005 quando construíram um veleiro de PET e percorreram o Rio São Francisco durante três meses em um projeto que eles chamaram de Mega PET, depois disso passaram a desenvolver o trabalho em comunidades pesqueiras de construção artesanal de embarcações que flutuam sobre esse tipo de garrafas descartadas no meio ambiente.
As embarcações são utilizadas para a pesca tradicional e uso turístico, todas possuem registro oficial na Marinha Brasileira, obedecendo os critérios legais de navegação.
Eduardo é pioneiro na utilização desta tecnologia, a empresa dele a OAK Soluções Ambientais já fabricou mais de 60 embarcações no Rio Grande do Norte e Ceará, entre 2012 e 2013. Além de desenvolver projeto de compensação ambiental ensinando a tecnologia para as comunidades de pesca artesanal.
“Nosso trabalho já tirou mais de 60 mil garrafas PET do meio ambiente, isso empilhado daria uma montanha de mais de 19.500 metros de altura ou seja o equivalente à 26 Corcovados com o Cristo Redentor no Rio de Janeiro”, exemplifica Eduardo Carvalho.
Renata Maia diz que a decisão de navegar pelo Rio Parnaíba se deu porque depois do São Francisco este é o maior rio do Nordeste e desemboca em uma das belezas naturais mais singulares do mundo, o Delta do Parnaíba. Ela conta que, sem dúvida alguma, a maior dificuldade desta expedição foi o assoreamento do rio em inúmeros pontos.
“Por muitas vezes pensamos em desistir porque o calado da nossa embarcação tem apenas 1 metro de profundidade o que nos permite navegar em água bastante rasas e por diversas vezes tivemos que empurrar o barco para sair dos bancos de areia, a água no meio do rio dava abaixo dos nossos joelhos”, relembra.
Ao se aproximarem do litoral, Eduardo e Renata entraram no Rio Igaraçu, um dos braços do Parnaíba, e aportaram no Porto das Barcas depois de percorrerem mais de 400 quilômetros pelas águas caudalosas do Velho Monge. Aqui, o casal teve o apoio da MVC Hotéis de Charme – Casa de Santo Antônio, onde estão hospedados e se recuperam da grande jornada, antes de voltarem para casa, em Natal no Rio Grande do Norte, estão conhecendo o Delta do Parnaíba e as praias da região.
“Paisagens fantásticas e praticamente desconhecidas do resto do país. Ficamos muito encantados com tudo, tanto com o que que vimos ao longo da viagem, como em nossa chegada na região de Parnaíba e litoral do Piauí”.
A volta de Eduardo e Renata para Natal está prevista para esta quarta-feira, dia 14, porém desta vez seguem viagem de carro e o veleiro vai no reboque.
Fonte: Com informações do Proparnaiba
Publicado Por: Fábio Carvalho
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