No Piauí, um projeto da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) conquista reconhecimento internacional. Conhecido como "Sisteminha", o projeto alia a criação de animais de pequeno porte com o plantio de frutas e hortaliças. O resultado do projeto já pode ser visto na mesa de agricultores da zona rural do município de Parnaíba. A ideia é ajudar a combater a fome dos animais.
O projeto é desenvolvido numa área da Embrapa Meio Norte, na zona rural de Parnaíba. Em um tanque de doze metros quadrados feito de papelão podem ser criadas 150 tilápias a cada noventa dias. Período em que o peixe passa até atingir a fase adulta e está pronto para consumo. Da água para a terra, a criação de aves também é mais uma alternativa para combater a fome. É o caso do frango de corte e as galinhas.
“Nesse caso é uma criação exclusiva para a produção de ovos para suprir proteína para a família. As galinhas não são colocadas com galos e a produção chega a 18 ovos por dia”, contou Luiz Carlos Guilherme, pesquisador da área de melhoramento genético de organismos aquáticos.
A carne do porquinho da índia, tão consumida em países como Chile e Peru, é mais uma solução viável no nordeste brasileiro. De fácil adaptação ao clima, eles vivem facilmente em espaços como esses. Em cada bloco devem ser colocadas nove fêmeas para um macho. A fêmea consegue procriar de um a quatro filhotes por gestação, que dura em média três meses.
Os resíduos dos peixes, dos porquinhos da índia e das galinhas tem um destino importante. Eles são transformados em composto orgânico. Sessenta dias depois ele se transforma no mais rico adubo natural cheio de minhocas, o que ajuda bastante. “Depois que o composto passa pela digestão das minhocas, ele é transformado em um adubo natural mais rico que nós temos no planeta”, afirmou Luiz Carlos.
No quintal da casa de José Maria do Nascimento têm frutos do projeto que já fazem parte da realidade de muitos piauienses. Depois de vinte anos de pesca no rio Parnaíba, aposentou a rede e a canoa e está satisfeito com o desafio. Agora o sustento da mulher e dos três filhos vem graças ao cultivo do milho, abóbora, macaxeira, batata doce e hortaliças, além da criação de tilápias, o prato principal da casa é temperado com o que é plantado pela família.
“A minha vida atualmente está bem melhor. Na hora que eu quero peixe é só pegar na minha criação, além da horta. A fome na minha casa acabou”, disse o agricultor.
Por: G1 via Blog do Pessoa
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