Um detento surpreendeu os agentes da Penitenciária Regional Irmão Guido, zona rural de Teresina, na tarde desse domingo (19). Ele conseguiu escalar um paredão de seis metros da prisão na tentativa de fugir do local. Segundo o diretor administrativo do Sindicato dos Agentes Penitenciários da Secretaria de Justiça do Piauí (Sinpoljuspi), Kleiton Holanda, Alexandro de Sousa usou uma corda feita de lençol e conseguiu chegar ao topo do paredão que divide a área externa do pavilhão e o muro que dá acesso a rua.
Ainda de acordo com o diretor, a cerca elétrica e os sensores de presença não funcionam há quatro meses e, por conta disso, os presos aproveitam a falta de segurança para fugir. "Não temos guarda na área superior do presídio, faltam câmeras fora da área de segurança, onde esse preso foi encontrado, e os agentes trabalham sem rádio de comunicação. Sem falar na ausência da rede de proteção, que é um problema antigo", revelou.
Para tentar ajudar o 'fujão' os presidiários iniciaram um motim para depistar os agentes, mas o detento acabou sendo visto andando pelo paredão. "Os presos estavam no pátio para o banho de sol, quando Alexandro de Sousa foi visto usando uma corda de lençol para escalar o paredão. Quando ele se preparava para pular o muro foi capturado pelos agentes", contou Kleiton Holanda.
O representante do Sinpoljuspi disse que denunciou a situação para a Secretaria de Justiça, mas até o momento nenhuma providência foi tomada. Ele alertou também para a superlotação na penitenciária e a não separação de detentos em regime fechado e provisório. "A Irmão Guido tem hoje 452 presos, sendo que a sua capacidade é para 300 de regime fechado, já sentenciados pela justiça. Só que a realidade é outra e o presídio acaba utilizando o seu espaço para presos provisórios, o que representa 70% das vagas", destacou.
Para o diretor administrativo, somente os detentos provisórios deveriam estar cumprindo pena na Casa de Custódia e os de regime fechado na Irmão Guido. Ele explicou que a superlotação e a falta de acompanhamento da justiça favorecem a não separação dos presos.
"Esperamos a retormada das obras das peninteciárias de Campo Maior e da Casa de Custódia, assim como o fim da construção do presídio de Altos para resolver este problema", disse.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Justiça do Piauí, mas ninguém foi encontrado para comentar sobre o assunto.
Por: G1 Piauí via Blog do Pessoa
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