28 de abr. de 2014

Tensão na sucessão


Por:Zózimo Tavares(*)
O final de semana não foi dos mais animados para os dois pré-candidatos a governador pelas maiores coligações do Piauí, o deputado federal Marcelo Castro (PMDB, PSDB, PSB e Cia.) e o senador Wellington Dias (PT-PTB e PP). Eles seguramente atravessaram horas de tensão com dois fatos registrados no sábado e ontem.
No município de Angical, na região do Médio Parnaíba, o governador Zé Filho fez um discurso durante a inauguração de uma casa de polpa de frutas que saiu num tom diferente. Ele disse no sábado à noite, diante de lideranças políticas e de uma multidão de 3 mil pessoas, que não era o meninão que muitos pensavam, que iria entrar firmemente na sucessão estadual e que quem iria decidir a eleição era ele.
Muitos receberam a fala do governador como um ensaio de sua candidatura. Depois do discurso, Zé Filho saiu abraçando populares de um lado e outro da rua, sendo recebido com simpatia por eles. Ao longo da semana, o governador deverá esclarecer o que disse ou quis dizer em Angical, terra do médico Paulo Márcio, seu candidato a deputado federal.
O outro fato político que provocou estresse, agora na seara da oposição, foi uma nota publicada ontem pela revista Veja, na coluna política "Holofote", intitulada "Palanque desfalcado:  "A queda de Dilma nas pesquisas ameaça tirar dois partidos de seu palanque. A direção do PP jantou na casa do presidente do partido, senador Ciro Nogueira, e adiou a decisão sobre eleição para junho - hoje a posição majoritária é pela aliança com Aécio Neves. E o PR se reuniu e discutiu duas possibilidades: apoiar Eduardo Campos ou lançar a candidatura do senador Magno Malta, que tem força no eleitorado evangélico".
Se o PP decidir passar para o palanque de Aécio Neves, o senador Wellington Dias estará desfalcado de um de seus principais sustentáculos no Piauí, justamente o senador Ciro Nogueira. Seria um grande estrago em sua candidatura, que se apóia apenas no PT, no PP e no PTB do senador João Vicente Claudino.
A nota da Veja ajuda a compreender porque o PP do Piauí tem relutado tanto em indicar o candidato a vice na chapa encabeçada por Wellington Dias. É que o partido ainda não está 100% fechado com o PT.

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