Por:Zózimo Tavares
O governador Zé Filho tomou posse na sexta-feira passada, mas ainda não sentou na cadeira. Está o tempo todo de um lado para o outro, instalando setorialmente seu governo e procurando soluções para problemas que desafiam a administração estadual e que precisam de sua urgente intervenção.
Na quarta-feira, Zé Filho foi a Brasília, para a primeira reunião com a bancada federal. Na agenda, a definição das prioridades para seu governo, no plano federal. Entre elas, foram elencadas a retomada das obras do porto de Luís Correia e a busca de uma solução para a crise energética no Estado.
Os senadores e deputados federais se prontificaram a colaborar com o governador. Acertaram de ir ao gabinete do ministro das Minas e Energia e até ao da presidente Dilma Rousseff para que o governo federal faça uma intervenção na Eletrobras Piauí e a companhia venha a oferecer energia de qualidade e em abundância no Estado.
O governador agiu corretamente ao procurar a bancada federal. Os problemas do Estado são muitos e seu mandato é curto. Isolado, não conseguirá resolvê-los. Mas ele não se iluda também que conseguirá fazer algo de excepcional no Piauí com a ajuda da bancada federal.
Os três senadores são governistas de carteirinha. Conhecem bem todos os problemas do Estado. Um deles, Wellington Dias, até já passou pelo governo, durante dois mandatos. E o que fizeram para resolver o problema da energia? Afora um ou outro pronunciamento do senador Ciro Nogueira (PP), o que mais se ouviu sobre a questão? O que vale para os senadores vale também para os deputados federais.
Se, em quatro ou oito anos, os congressistas não se interessaram ou não tiveram força ou prestígio político para resolver o grave problema da energia, não será agora, em poucos meses, que eles conseguirão isso. E não foi por falta de brado do governador. Wilson Martins denunciou a situação por mais de uma vez, entrou com ação judicial contra a Eletrobras e nada mudou.
Quando se trata de enfrentar os graves problemas do Estado, a bancada do Piauí é tão fraca quanto a energia da Eletrobras.
Fonte Jornal DP
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