17 de fev. de 2014

Os “Milhões” do PAC das Cidades Históricas poderão ser mera ficção


Por:Bernardo Silva(*)
O Prefeito Florentino Neto terminou o ano 2013 e iniciou 2014 falando que Parnaíba terá para investimentos este ano 38 milhões de reais, oriundos do PAC das Cidades Históricas, programa do governo federal, que escolheu no Piauí apenas Parnaíba para contemplar no Programa.
Por tudo o que é de mais sagrado rogamos aos céus que isso seja verdade, porque esses recursos iriam ajudar a manter viva a memória da cidade, mantendo de pé também algumas estruturas que, caso não ocorra logo alguma intervenção, serão apenas escombros, dentro de pouco tempo.
Falamos, por exemplo, dos casarões do Complexo Turístico do Porto das Barcas, construídos no século XVII, que seriam restaurados; e mais: o Casarão da Escola de Direito, Miranda Osório; o antigo Sobrado Dona Auta (sede do Instituto Histórico),  além das igrejas Nossa Senhora da Graça, Nossa Senhora do Rosário, Capela de Nossa Senhora do Monte Serrate, dentre outros que também foram incluídas na categoria igrejas históricas e também devem passar por restauração.
Mas tudo esbarra na “lenda” que ronda este tal PAC das Cidades Históricas, segundo informa a grande imprensa. Por exemplo, em artigo publicado em agosto do ano passado, quando o prefeito Florentino Neto foi a São João Del Rey, em Minas Gerais, onde a presidente Dilma "lançou" o programa, o jornalista Josias de Sousa fez um artigo com o título: “Dilma recicla Programa e lança pela quarta vez”, que diz (trechos) Clique para ver vídeo:

“No papel, o PAC das Cidades Históricas, é um programa do governo federal concebido para prover verbas às obras de recuperação de monumentos históricos. Na prática, a iniciativa tornou-se uma monumental peça de marketing. Lançado por Lula em 2009, já foi reanunciado por Dilma Rousseff três vezes, uma em 2012 e duas em 2013. E continua sendo um empreendimento por fazer. O reanúncio mais recente ocorreu dia 20 de agosto (2013) na cidade mineira de São João del-Rey. Foi um retorno às origens.
O palco do lançamento original também foi uma cidade histórica de Minas Gerais: Ouro Preto. Aconteceu em outubro de 2009. Naquela época, Dilma chefiava a Casa Civil. Equipava-se para a sucessão de 2010. Presente, ela testemunhou a cena. Lula soou grandiloquente: “O PAC das Cidades Históricas é a maior ação conjunta pela revitalização e recuperação das cidades históricas já implantada no nosso país.” Disse isso ao lado do Monumento a Tiradentes (...). Dilma elegeu-se presidente. O tempo passou. Em setembro de 2012, época de eleições municipais, a presidente acomodou a petista Marta Suplicy no Ministério da Cultura. Na cerimônia de posse da nova ministra, Dilma relançou o que Lula já havia lançado. “Anunciou em seu discurso a destinação de R$ 1 bilhão para o PAC das Cidades
Históricas”, anotou o Iphan, órgão vinculado à Cultura, em notícia veiculada no seu site(...).
Passaram-se mais dois meses. Em janeiro de 2013, Dilma recepcionou em Brasília os prefeitos recém-eleitos. E cuidou de re-relançar o PAC das Cidades Históricas. Novamente, prometeu “R$ 1 bilhão para obras de restauração de monumentos e edificação de uso público(...)”.
Cá pra nós, o  que tememos é que o Prefeito Florentino Neto reative o modus operandi do seu correligionário e ex-governador Wellington Dias, que, quando governador,  após amiudadas visitas a Brasília voltava falando em milhões e milhões para o Piauí, que seriam enviados pelo governo do“cumpanhêro” Lula. E se o dinheiro veio, ninguém sabe, ninguém viu. Que o diga Heráclito Fortes, ex-senador.

(*)Bernardo Silva é jornalista e professor
Fonte:Jornal "Tribuna do Litoral"

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente essa postagem

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...