O Ministério Público Federal no Ceará
(MPF/CE) denunciou o ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB),
Roberto Smith, e mais dez dirigentes da instituição financeira pela prática de
gestão fraudulenta. Segundo a denúncia do Procurador da República Edmac
Trigueiro, os ex-gestores teriam praticado irregularidades na administração dos
recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE),
provocando um desfalque superior a R$ 1,2 bilhão.
Segundo a denúncia o rombo teria
acontecido após os dirigentes do BNB autorizarem pelo menos 52 mil empréstimos,
dentre eles repasses milionários, a empresários. Depois que os empréstimos eram
realizados, os gestores bancários ignoravam os procedimentos de cobrança,
encobrindo a real situação patrimonial do FNE.
Na lista figurava o nome de LUIS CARLOS
EWERTON DE FARIAS, diretor do BNB.
A lenda conta que um criminoso seria
perdoado da sua sentença acaso depenasse um frango do alto da torre de um castelo
e depois conseguisse juntar todas as penas... Sabe-se
o resultado!
A partir da comparação entre o erro
cometido na acusação supracitada e a possibilidade insanável deste mesmo ato é
que venho manifestar minha indignação e repúdio contra a vileza com que
expuseram o nome do parnaibano Luis Carlos.
Não tenho procuração para defendê-lo,
mas faço esse manifesto como piauiense que sou e que aprendi a admirar e
respeitar este notável técnico. De postura humana irretocável, sempre atento às
questões em defesa da sua terra, olhar sereno, fala pausada e equilibrada,
dignidade no exercício das funções públicas que já ocupou ao longo de sua
memorável carreira, são características marcantes de sua personalidade.
Por isso, denunciar Luis Carlos pela prática de gestão fraudulenta vai além de
qualquer piada de mau gosto. É, por assim dizer, a inversão absoluta de valores
e opiniões que tem como base a interpretação rasa de outras intenções, e não
uma condenação.
Uma acusação
injusta prejudica a reputação, ameaça o emprego e cria um ambiente de trabalho
hostil. E, eis que com uma canetada de um Procurador da República,
um desses que se julgam a luz do mundo, atira lama sobre esse cidadão,
pronuncia contra, na sua alta razão, a acusação de fraudador. A conta disto,
quantos fraudadores de fato está à solta, até mesmo à barba da Justiça?
Além de postos importantes assumidos
junto ao BNB, Luis Carlos ocupou a Presidência da CODEVASF, desempenhando o
cargo com maestria, honrando-nos. Fez muito pelo Piauí. Tentou fazer mais pela
Parnaíba, porém foi incompreendido pelos representantes políticos locais,
muitos deles só enxergam o próprio umbigo...
No Banco do Nordeste sua conduta
irreparável o mantém em cargo de direção.
Após a tal denúncia, passado o furor
midiático que esses casos impactam foi verificado que Luis Carlos não estava
envolvido nesse mar de lama. A imprensa noticiou a sua inocência, mas não
repara o mal causado, pois antes fora dada ampla divulgação como verdade
absoluta apurada. Houve condenação moral!
Ato covarde que nem mesmo uma nota
acanhada, como a publicada na imprensa, pode reparar a injustiça feita.
Conta uma lenda que os animais um dia
perguntaram, desafiando a serpente: - O leão, disseram eles, atira-se contra a
presa, mata-a e devora-a. O lobo estraçalha a ovelha que lhe serve de alimento.
O tigre, quando faminto ataca o carneiro e arrasta-o para o seu covil. Mas
você, malvada serpente, o que faz? Pica a sua vítima e transmite o veneno para
ela. Ora, que proveito você tira da sua perversidade peçonhenta? Contorcendo-se,
responde a serpente: - Nada espero dos golpes venenosos que eu aplico. Do mal
que faço, não tiro o menor proveito. Sigo traindo, envenenando, semeando a dor
e a morte, mas não sou pior que o caluniador (Malba Tahan).
Concluo citando ainda o francês Renée
Daumal: “Deus às vezes concede a seus filhos a graça de suportar a
maldade humana para que, aquele que escolheu como vítima saia mais forte e mais
nobre do que nunca”. Sobretudo quero manifestar ao amigo que é
necessário acreditar
em si próprio e chegará um dia em que os outros não terão outra escolha senão
acreditar com você!
(*) Fernando Gomes, sociólogo, cidadão,
eleitor e contribuinte parnaibano.
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