26 de jan. de 2014
O dinheiro do porto
É comum se ouvir que inquérito policial, principalmente quando se encontra na alçada do Ministério Público, faz lembrar fogo de monturo. Quando pensam que está apagando, surgem as labaredas e as cinzas terminam se transformando em fogo. Além de existir em curso investigações sobre a aplicação de recursos no centenário porto de Luis Correia, envolvendo gestões passadas, a Procuradoria da República no Piauí acaba de instaurar mais um inquérito. O procurador Kelston Lages quer saber como foi feita a aplicação dos recursos federais oriundos do contrato 031/2011 firmado entre a Secretaria de Transportes e o consorcio Dzeta/Hidrotopo para elaborar o projeto de modernização e reforço das estruturas portuárias do porto. Não custa lembrar, a obra está parada há mais de dois anos e sem previsão para ser concluída, apesar de o governo ter injetado algo sobrenatural, como a aplicação de quase R$ 400 milhões em tal obra, em 37 anos. Há suspeitas de que foram surrupiados – entre 2007 e 2010 – perto de R$ 12 milhões. Pelo que se leu, entre as irregularidades investigadas pelo Ministério Público Federal estão falhas de licitação, estudo de impacto ambiental, além de improbidade dos gestores. O cômico da história é que há fortes indícios de que toda estrutura ali existente esteja condenada. Essa gente só podia pensar que escondia dinheiro debaixo dágua e não deixava rastro. Logo, se as investigações descerem às profundezas desse lodaçal, seguramente se vai encontrar os culpados.
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