O senador Wellington Dias está costurando uma ampla aliança partidária para sustentar a sua candidatura ao Governo do Estado em 2014. Além do PT e do PTB, estão fechados com o senador o PDT, o PCdoB e mais 18 pequenos partidos. Trata-se de uma coligação numericamente superior à vitoriosa em 2010, que contava com 13 partidos.
Outra particularidade: o bloco que apoiará Wellington Dias reúne os três senadores do Piauí. Além dele, estão no mesmo palanque o senador João Vicente Claudino, presidente regional do PTB, e o senador Ciro Nogueira, presidente nacional do PP. JVC concorrerá à reeleição na chapa encabeçada pelo senador petista.
Mas Wellington acha pouco tanto apoio. Ele quer atrair ainda para o seu palanque o PSB do governador Wilson Martins e o PSDB do prefeito Firmino Filho e do ex-prefeito Sílvio Mendes. Para o senador, o fato de os dois partidos terem candidatos próprios a presidente da República não inviabiliza o diálogo com o PT para a sucessão estadual.
Faz sentido a observação de Wellington. Em 1998, enquanto o PT apresentava Lula como candidato a presidente da República, o PSDB lutava pela reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso. A disputa no plano nacional entre os dois partidos era acirrada, porém, no Piauí, PT e PSDB estavam aliados na eleição para governador.
Naquele pleito, o PT apoiou o tucano Francisco Gerardo para governador, indicado o professor Antônio José Medeiros como seu vice. Foi nesse pleito que Wellington conseguiu viabilizar sua candidatura a deputado federal. Eleito para a Câmara dos Deputados, nas eleições seguintes, em 2002, chegou ao Governo do Estado.
Com seu plano de buscar também o apoio do PSB e do PSDB para a sua nova candidatura ao governo, há duas hipóteses. A primeira é que o senador está escaldando com urna, depois da derrota que sofreu no ano passado, quando foi sozinho para a disputa pela Prefeitura de Teresina. A segunda é que ele começa a reconhecer que, com a caneta na mão, Zé Filho, como todo governador, será um osso duro de roer.
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