7 de dez. de 2013

RECADO DADO: Os políticos previsíveis

Costuma-se dizer que política e futebol não têm lógica. Pois isso é uma meia verdade de um raciocínio preguiçoso, porque tem sim a lógica da política e também no futebol. Não é preciso ir longe, basta buscar nas eleições recentes uma situação previsível e que certamente voltará a ocorrer no próximo pleito a divisão do PMDB e, desta feita, com candidato próprio a governador. Outra lógica é ver um grupo conhecido de deputados e partidos agarrados ao governo de plantão. Caso haja mais de dois candidatos competitivos disputando a vaga de governador a situação se agrava e as posições de pelo menos dois grupos distintos ficarão evidentes logo no primeiro turno e, imagina-se, a maior parte, com o governador. A chance de reunir as duas “bandas” seria, numa situação de força (já comentada na coluna), em que Wilson Martins e Zé Filho jogassem todas as fichas na reforma de janeiro, deixando à míngua os oportunistas. O governador já mandou o primeiro recado dizendo que quer fora do governo em janeiro aqueles que estiverem comprometidos com a candidatura de Wellington Dias. A carapuça se encaixou em alguns secretários que estrebucharam nas rodas de conversas, mas ficaram quietinhos no dia seguinte, fazendo chegar recadinhos de indignação ao governador. Recado dado, portanto, o mínimo razoável seria que esses senhores avisassem que vão sair. Sensatez seria que eles apeassem do governo, deixassem para quem seguirá com Wilson suas dezenas de DAS e cargos outros, além do próprio, e enfrentassem a rota da oposição. Mas isso pela lógica deles e de sua política, jamais ocorreria, porque já se tornou recorrente, de muitos tempos para cá, o sujeito se locupletar e se abraçar com qualquer governo. Só sai após apagar a última lâmpada do Karnak.

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