14 de nov. de 2013

IMPRENSA DA CAPITAL REPERCUTE - Polícia entra no caso da jovem que morreu após vídeo de sexo

A polícia de Parnaíba abriu um inquérito para investigar as circunstâncias da morte da adolescente Julia Rebeca. Ela foi encontrada morta em seu quarto no último domingo (10). Antes de morrer ela deixou mensagens de despedida e desculpas em redes sociais.


Em sua conta do Twitter, do dia 10 de novembro, a jovem postou frases de pedido de desculpa aos pais e se despedindo. Em seguida, o primo dela atualiza a página, confirmando a morte da jovem e que iria divulgar o local do velório.  


A hipótese é de que ela tenha cometido suicídio após um vídeo de sexo entre ela, uma outra jovem e um homem ter sido divulgado através do programa de compartilhamento de mensagens e arquivos WhatsApp.

O delegado regional de Parnaíba, Rodrigo Rodrigues, confirmou ao CidadeVerde.com que um inquérito foi aberto para apurar o caso, mas só irá se pronunciar após a conclusão das investigações. Uma tia da jovem foi ontem (13) à delegacia. 

O Conselho Tutelar de Parnaíba não foi procurado. 



Juventude
O médico hebiatra (especialista em adolescentes) Antonio Noronha explica que o caso acaba trazendo à tona assuntos considerados tabus como o sexo na adolescência e o suicídio, embora não esteja ainda comprovado neste caso. “Existe um mito que a gente não pode falar sobre isso que aumenta o índice. O fato é que o suicídio é um assunto pouco estudado. Fui a um congresso recentemente onde foi apresentado que 80% dos suicidas dão dicas, indícios, mas como ninguém discute, não se entende esses avisos”, pontua. 

Em qualquer que seja a circunstância, Noronha recomenda que os pais de adolescentes procurem sempre manter uma conversa aberta com os filhos, inclusive sobre as questões íntimas. “É preciso ter diálogo e abrir o espaço para conversar, saber da vida deles e não repreender. Na nossa sociedade onde a cultura cristã é muito forte, é por isso que falar sobre sexo, por exemplo, causa uma confusão. A figura da mulher subjugada é presente. Mas é preciso que se encare isso com naturalidade. É melhor que os filhos transem em casa do que na rua”, defende. 

Carlos Lustosa Filho
redacao@cidadeverde.com

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