A chegada do final de ano traz a tona assuntos como renovar o IPVA do carro, comprar roupas novas, matricular as crianças na escola, trocar de veículo. Todas essas ações envolvem o pagamento de algum tipo de tributo. O ato de adquirir produtos ou utilizar serviços, em geral, traz embutido no preço final impostos e taxas.
O Brasil é um dos países que tem a carga tributária mais criticada. Até a primeira quinzena do mês de novembro, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo – ACSP, registrou a marca de R$ 1.390.010.000.000 arrecadados sob a forma de tributos em todo o país. Com essa quantia seria possível construir mais de 39 milhões de casas populares.
Essa soma tem como objetivo financiar serviços em diversas áreas como saúde, segurança, educação e infraestrutura de transportes. Entretanto muitas cidades não recebem melhorias mesmo com o país arrecadando anualmente quantias tão altas.
O diretor de Assuntos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado do Piauí – FIEPI, Freitas Neto, avalia que o Sistemas Tributário Brasileiro é um dos gargalos para o desenvolvimento de setores como o industrial. “É um Sistema complicado e cada Estado tem sua respectiva legislação no que se refere ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, o que causa confusão para os contribuintes”, explica o diretor.
Além da população comum, os empreendedores também sofrem com o excesso de impostos e taxas que oneram o desenvolvimento de suas atividades. Esses são alguns dos motivos que fazem com que os empresários busquem uma renovação na legislação vigente. “A Reforma Tributária, assim como outros temas importantes entram na agenda política em anos de eleição. Mas da mesma maneira como surge, desaparece, após a posse do eleito”, critica Freitas Neto.
O presidente da Associação dos Jovens Empresários do Piauí - AJE-PI, Diego Oliveira, afirma que a classe empreendedora precisa estar familiarizada com o tema. “É importante que o jovem empreendedor conheça os impostos que recaem sobre o seu negócio. E mais: é preciso que ele saiba a destinação desses tributos para que possa cobrar melhorias para seu Estado”, defende o empresário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.