O projeto de Lei nº 3.652, que institui a meia entrada para estudantes e demais trabalhadores em educação no município de Parnaíba, discutido na manhã de hoje em audiência pública na Câmara Municipal, vai sofrer adequações a fim evitar prejuízos, principalmente para os empresários do setor de entretenimento, que reclamam do elevado número de pessoas que já contam com o desconto de 50% no pagamento da entrada para shows e outras atividades de lazer.
O autor da proposta de audiência e do projeto da meia entrada, vereador Carlson Pessoa, disse que vai sentar com o presidente da Comissão de Justiça e Redação, vereador Reinaldo Filho, a fim de readequar o projeto de modo a evitar que o outro setor envolvido (dos empresários), seja prejudicado.
Participaram da audiência, além dos vereadores, sob o comando da Presidente da Casa, vereadora Neta Castelo Branco, o promotor de Justiça Antônio Filgueiras, o secretário do Procon Municipal, Miguel Bezerra Neto, o superintendente de Cultura, Helder Sousa, além de representantes de outros órgãos.
A presidente do SINTE/Regional Parnaíba, Nádia Araújo, destacou a importância do projeto, que facilitaria a maior participação nos eventos sociais e de lazer, dos trabalhadores em educação com menor poder aquisitivo. O professor e representante do sindicato dos urbanitários, Chagas Santos, chamou a atenção para a necessidade de se trabalhar a melhoria salarial da categoria. Segundo ele, com melhores salários não seria necessário o que ele definiu como “bolsa meia entrada” novo gueto social que estaria se criando.
Para o superintendente municipal de cultura, Helder Sousa, seria interessante uma separação do que é cultura e o que é lazer, considerando também os prejuízos a que estariam expostos os artistas, que deixariam de ganhar também, juntamente com os empresários prejudicados com mais uma concessão.
João Maria e esposa Carmem Lúcia - Boate Trilhus
O empresário João Maria Correia, o único presente, do ramo de entretenimento, proprietário da “Boate Trilhus”, manifestou-se disposto a obedecer as leis, mas destacou as dificuldades que vem tendo para manter em funcionamento seu estabelecimento, que movimenta toda uma equipe de trabalhadores em dias de atividades. Reclamou do excesso de tributação e da falta de apoio do setor público, considerando que “estamos ajudando a cidade, cuidando da infraestrutura turística”, disse, afirmando que se o projeto for aprovado vai decretar a falência dos empresários do ramo do entretenimento.
Para o vereador Reinaldo Filho, “o projeto tem que se revisto e corrigido, de modo que venham beneficiar a todos”, destacou, com o que concordou o vereador Carlson Pessoa.
“Temos o maior respeito pelos professores mas que ninguém seja prejudicado, daí a importância e o motivo dessa discussão”, disse a vereadora Neta Castelo Branco, encerrando a audiência.
Fonte: Ascom/CMP
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