13 de nov. de 2013

Alberto Silva, acima de tudo, o Piauí.

                                       
Oposição X Alberto Silva.

         Os ideais de Alberto Silva para desenvolver as cidades e o turismo na região norte do Piauí, vinte dois anos após, ainda não viraram realidade. A ZPE continua um sonho, Parnaíba ainda não é uma grande produtora de frutas, o distrito de irrigação ainda tenta ser concluído, o turismo não emplacou como planejado, a indústria pesqueira perdeu importância, o centro de pesquisa ficou sem pesquisa, as exclusas para navegabilidade do rio não foram feitas e as barcas do sal e o iate antares foram vendidos. Fica a pergunta:
         Por que Alberto Silva não inaugurou suas obras no litoral do Piauí? O Balneário Atalaia estava pronto um ano antes do fim do seu governo. Alberto Silva antes de inaugurá-lo resolveu reformar o hotel Delta/ Rio Parnaíba e também o terminal turístico do Porto das Barcas. Fim de governo, época de eleições, único governador a não renunciar para concorrer ao senado, acreditava no potencial de seu trabalho e desejava inaugurá-los conjugado. Continuou no governo e investiu na campanha de Collor de Mello para presidente adiando temporariamente projetos e inauguração de obras.
          Não contava com mudanças na política nacional. Collor presidente, Alberto Silva traído e ridicularizado nacionalmente. A oposição virou situação, ficou forte e predominante com o governo federal, conseguindo tirar todas as possibilidades de conclusão de suas obras. Seus adversários conseguiram inexplicavelmente o fechamento temporário do Banco do Estado do Piauí na época, impedindo que o governador obtivesse recursos.
         Com isto, a arrecadação de impostos do Piauí foi inviabilizada, pois era principalmente por meio do BEP que se arrecadava. Para piorar sua situação, teve o fundo de participação do Estado bloqueado durante alguns meses ocasionando atrasos aos fornecedores e nos salários de funcionários públicos. Estes atrasos marcaram a vida política de Alberto Silva para sempre.
         Dispostos a destruir Alberto Silva politicamente, seus adversários transformaram as campanhas de incentivo ao turismo e desenvolvimento do estado em chacota nacional: Park Potycabana e o visite o Piauí antes que ele se transforme em uma grande São Paulo foi usado como loucura e insensatez. Até no programa do Jô Soares tentaram ridicularizar... As oposições, já com o apoio do funcionalismo público, não satisfeitos, também procuraram apagar a imagem do trabalho de Alberto, depois de seu governo, não concluindo suas obras inacabadas, no litoral.  
         O complexo hoteleiro Balneário Atalaia, uma obra-prima em termos turísticos na época, com paisagem exuberante para a praia, rio e dunas possuía estrutura para funcionar cassino, restaurante, piscinas e lazer, contendo cinco blocos de apartamentos interligados através de passarelas e aos anexos das colônias de férias e chalés. Este empreendimento, com 90% preparado para funcionar e com todos os eletrodomésticos, camas e materiais necessários para o seu funcionamento em estoque no local, foram abandonados no governo seguinte que não utilizou a obra, desviou os eletros- domésticos e materiais já estocados para locais até hoje desconhecidos deixando a grande obra-prima hoteleira entregue às depredações. Depois de vários anos abandonado e depredado, foi entregue no governo de Mão Santa para o SESI, OAB, EMATER, APPM, Polícia Federal e Prefeitura de Teresina para serem reformadas e utilizadas. Os chalés, sem nunca terem sidos usados e aproveitados, foram em sua maioria derrubados.
         O hotel Rio Parnaíba ficou sem conclusão, depois transformado em shopping e agora é o hotel Delta. O novo governo, após Alberto Silva, mesmo com dois hotéis prontos e parados, criou financiamento para construir hotéis no litoral. Construiu o hotel Rio Poti, Amarração e o Aimberê onde o estado entrou com aprox. 60% dos custos da obra.
         Algumas obras de Alberto, mesmo terminadas ou as não concluídas não têm explicação de não ter sucesso: conseguiu a construção de Ponte do Jandira, mas a estrada no Maranhão continuou esburacada por muitos anos. Embora diminua a distancia de aprox. 300 km de Fortaleza a capital do Maranhão, não modificou o roteiro Natal/Fortaleza/São Luís/Belém, que deveria passar por Parnaíba e continua no percurso por Teresina, mais longe.
         Os projetos de irrigação do Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Bahia iniciados na mesma época dos Tabuleiros Litorâneos, no Piauí, já foram concluídos, alguns à quase trinta anos, mas o nosso ainda está sendo feito! A ENSA, outro projeto de irrigação na região de São Bernardo, no Maranhão, fronteira com o Piauí, nem se fala mais!
          O desenvolvimento do setor turístico deixado por Alberto está andando a passos lentos. Não foram criados novos atrativos e os roteiros criados estão precários. A Lagoa do Portinho está sendo soterrada. A Pedra do Sal depredada. A Beira- Rio sobrevive da iniciativa privada, Coqueiro, desorganizado. Macapá sem estrutura. Luis Correia, a cidade de ruas de areia.
          Em Parnaíba, não funciona o aeroporto pronto há dois anos para atender os pólos turísticos Lençóis, Delta e Jericoacoara, o Pólo das Emoções. Com pouco marketing, os políticos atuais não aproveitam as ferramentas que tem.
          Tentaram desmoralizá-lo e destroçá-lo, mas não conseguiram. Alberto Silva foi ídolo de uma grande geração, inclusive na classe política, onde foi um líder, continuando atuante na câmara e senado. Dos antigos opositores político transformou-se conselheiro. As pesquisas comprovam: Alberto Silva foi o governador que mais realizou obras e desenvolveu o Piauí. Como diziam na época: Tira as obras de Alberto Silva do mapa de Teresina.

Por Paulo Henrique Neves 

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