A
educação a distância (EAD) cresceu mais que a educação presencial de 2011 a
2012. Em um ano, houve um aumento de 12,2% nas matrículas da EAD, enquanto a
educação presencial teve um aumento de 3,1%. Apesar do crescimento, o ensino a
distância ainda representa 15,8% das matrículas. Os dados são do Censo da
Educação Superior de 2012, divulgados hoje (17) pelo Ministério da Educação
(MEC).
O
índice do ensino fora de sala de aula ainda é baixo, segundo o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante. "Quando olha para a OCDE [Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico], quase a metade das vagas é a
distância. Temos espaço para crescer". Ele ressalta que é preciso garantir
a qualidade do ensino. A intenção é ampliar a oferta nas instituições federais.
De acordo com o censo, a maior parte das matrículas em EAD está na rede privada
(83,7%) e é oferecida por universidades (72,1%).
No
ensino presencial, o ministro destacou o crescimento das matrículas nos cursos
tecnológicos, que aumentaram 8,5% de 2011 a 2012. Segundo Mercadante, o
crescimento foi significativo, embora os cursos concentrem apenas 13,5% das
matrículas. As matrículas de bacharelado cresceram 4,6% e representam 67,1% do
total, enquanto nos cursos de licenciatura, o crescimento foi 0,8% - 19,5% das
matrículas são em licenciatura.
Quanto
ao turno, em 2012, mais de 63% dos alunos dos estidantes presenciais de
graduação estudavam à noite. Na rede privada, 73% das matrículas é nesse turno.
Na rede federal, a maior parte das matrículas, 70% é no turno diurno. O
ministro explica que o ensino noturno é importante para que parcela da
população que precisa trabalhar tenha acesso ao ensino superior.
"Temos
aumentado a oferta de ensino noturno nas federais também, mas essas
instituições mantêm também o diurno", diz. "O ensino diurno permite
mais tempo ao estudo. Quem estuda no noturno em geral trabalha durante o dia.
No diurno, estuda-se em um turno e trabalha-se no contraturno. Na média, o
diurno tem desempenho acadêmico melhor que o noturno".
Os
cursos com maior número de alunos no Brasil são administração (833.042),
direito (737.271) e pedagogia (602.998). Em seguida vem ciências contábeis
(313.174), enfermagem (234.714), engenharia civil (198.326), serviço social
(172.979), psicologia (162.280), gestão de pessoal (157.753) e engenharia de
produção (129.522).
O
censo aponta que o ensino superior atingiu, no ano passado, 7.037.688 de matrículas
na graduação, o que representa crescimento de 4,4% em relação a 2011. O número
de calouros foi 2.747.089, um crescimento de novas matrículas de 17,1% em
relação a 2011. O número de concluintes teve uma variação menor, 3,3%, passando
de 1.016.713 em 2011 para 1.050.413 em 2012.
Edição: Fábio Massalli
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