O poeta Diego Mendes Sousa e o livro Candelabro de Álamo
O livro "Candelabro de Álamo" de Diego Mendes Sousa foi escolhido o melhor livro do ano, no âmbito da Poesia, pela UniãoBrasileira dos Escritores do Rio de Janeiro (UBE- RJ).O Poeta Diego Mendes Sousa foi agraciado com o Prêmio Castro Alves. A solenidade de entrega do galardão ocorrerá naAcademia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, no próximo dia 25 de outubro de 2013, às 15 horas.
Castro Alves é um dos mais importantes poetas do Brasil, que morreu aos 24 anos de idade e deixou um legado admirável e aplaudido por seus pares, contemporâneos e leitores de todas as épocas.
É de Castro Alves os autênticos versos:
...
O Gênio é como Ahasverus... solitário
A marchar, a marchar no itinerário
A marchar, a marchar no itinerário
Sem termo do existir.
Invejado! a invejar os invejosos.
Invejado! a invejar os invejosos.
Vendo a sombra dos álamos frondosos...
E sempre a caminhar... sempre a seguir...
Pede u'a mão de amigo-dão-lhe palmas:
Pede um beijo de amor— e as outras almas
E sempre a caminhar... sempre a seguir...
Pede u'a mão de amigo-dão-lhe palmas:
Pede um beijo de amor— e as outras almas
Fogem pasmas de si.
E o mísero de glória em glória corre...
Mas quando a terra diz: — "Ele não morre"
Responde o desgraçado:- "Eu não vivi!..."
E o mísero de glória em glória corre...
Mas quando a terra diz: — "Ele não morre"
Responde o desgraçado:- "Eu não vivi!..."
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É de Diego Mendes Sousa os belos versos:
Poesia é música aprendida no sal dos mares
cartilha revelada sob palavras ao relento
Poesia é música exercida pelo sobrenatural
caderno espantado sob olhos indomesticados
Poesia é música lavrada na terra do sempre
apólice desgarrada sob mãos elevadas
Poesia é música indagada no pranto das buscas
livro escondido sob folhas amarelecidas
Poesia é música cantada para dignificar a Musa
rascunho de assopros sorumbáticos do Poeta
Poesia é música linguajar verdadeiro do idioma
axioma petrificado sem fim pelo poema
Poesia é música leve conjugar de vida e morte
sombra semeada nas raízes do inebriante
Poesia é música vinha em matizes temporãs
asco de mil pedaços azuis verdes e brancos
Poesia é música baluarte invencível de arte
estandarte conduzido na areia do deserto
Poesia é música quarenta ladrões apetecem-na
Os eleitos são os que se tornam os autênticos gênios
os que nascem com dom e cultivam a beleza
e possuem dedos magos e um rubor de amar na face
Além da generosidade e da sabedoria de travessia
a Poesia é música e algo mais longe.
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