Os políticos podem fingir que não vêem ou sentem, mas houve uma inevitável contaminação do cenário político brasileiro, decorrente das manifestações de rua de junho – com vistas às eleições de 2014. Tanto na mudança de humor dos eleitores, quanto nas coligações partidárias, na arrumação do tabuleiro das coligações e apoios na sucessão estadual piauiense. A preferência do eleitorado é vista, nesse momento do jogo político, como elemento de difícil previsibilidade, tanto que já levou o governador Wilson Martins a repensar seu projeto de apoio eleitoral. Diferente de Wellington Dias em 2010 -- que levou à exaustão e exigüidade de tempo, na sua decisão de saída ou permanência no governo e, o candidato que iria apoiar, na sua sucessão - Wilson se antecipou. Direta ou indiretamente, o governador tem mostrado que não mais apoiará o candidato petista. Ficará com um candidato do PMDB, que pode ser o vice Zé Filho ou alguém a ser indicado pelo atual vice. Ensaiou-se o nome do deputado federal Marcelo Castro, mas isso não passou de um balão. Nos meios políticos é crível que Marcelo não teria tanta coragem para disputar um cargo majoritário, como já lhe ofereceram em outras eleições e ele pegou légua da ideia A antecipação da posição do governador abriu um grande flanco no PT que não se conforma em não ter o candidato a governador e muitos segmentos petistas acham que Wilson teria a obrigação de votar em Wellington Dias, numa espécie de retribuição ao apoio de 2010. Outras forças políticas já entendem que o PT teve oito anos de governo, mantém um senador com mais quatro anos de mandato e que estaria na hora de ajudar uma outra sigla, também em retribuição ao que recebeu no passado. Isso tudo tem a ver com o enfraquecimento nacional do PT em função das manifestações de rua uma vez que o partido é atingido por se encontrar no comando do governo federal há mais de dez anos.
Fonte - Portal AZ
Edição Blog do Pessoa
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