O Ministério Público do Trabalho (MPT), prometeu punir as empresas que prestam serviços para Universidade Federal do Piauí (Ufpi) que não estão cumprindo com os contratos e mais de 200 funcionários do setor de serviços gerais estão sem receber salários há quatro meses.
Das três empresas contratadas pela Ufpi para prestar serviços de limpeza e conservação, apenas uma atualizou nesse mês os salários dos funcionários, nas outras o atraso já chega a quatro meses. Um funcionário que preferiu não se identificar disse que chega a passar fome. “Até o momento não me pagaram os vales transportes, nem o vale alimentação. A situação está tão grave que estou passando fome e meus filhos estão passando necessidade. Eu já não sei mais o que fazer”, contou.
Pelo menos 400 servidores estão em situação parecida somente no campus de Teresina, mas o problema atinge também os da cidade de Parnaíba, Picos e Bom Jesus. Em protesto os trabalhadores já chegaram a fechar duas vezes os Restaurantes Universitários e os estudantes que acabam prejudicados agora apoiam os trabalhadores.
Para o diretor do Diretório Central dos Estudantes da Ufpi (DCE), Stênio de Sousa, para solucionar o problema é necessário mais rigor na contratação das empresas. “Tem que haver mais rigor para que os problemas não voltem a acontecer. Os estudantes estão sendo prejudicados e isso é muito complicado”, alertou.
Maria José Mesquita, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Asseio e conservação que agora exigir que a universidade cancele os contratos com as empresas terceirizadas. “A universidade tem que quebrar esse contrato imediatamente, pois a situação não tem como ser revertida porque o atraso é bem grande”, falou.
Segundo o procurador Edno Carvalho, aA rescisão dos contratos pode até ser proposta pelo MPT, mas isso só se algumas das empresas descumprirem um acordo que será proposto ainda esta semana pelo procurador responsável pelo caso, que é a prestação mensal das contas do pagamento dos salários dos servidores por pelo menos um ano.
“As empresas são contratadas pelas entidades públicas atrasam salários, encerra o contrato, outra empresa vem e continua atrasando os salários. Para evitar isso, nós estamos firmando termos de ajuste e conduta com as empresas na qual assumem o compromisso de prestarem contas para o órgão fiscalizador”, explicou o procurador. A Universidade federal do Piauí não quis comentar a reportagerm.
Com informações do G1 Piauí
Imagem: Blog do Pessoa
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