25 de jul. de 2013

ACEP está se tornando propriedade privada, diz ex-presidente

Reginaldo Júnior apela aos estudantes pela ACEP.
A Associação Colegial de Parnaíba (ACEP) fundada na década de 70 atualmente é um meio de vida  para quem ocupa sua presidência. A associação foi criada para promover e defender as causas estudantis, bem como para preparar alunos para a vida social e política. As eleições eram feitas a cada dois anos e mobilizava as escolas em ações e envolvimento análogo a um pleito eleitoral. Um sentimento parecido como com uma eleição política.
A entidade teve presidentes como Zé Lima, presidente do Parnahyba Sport Club; o político Arimatéia Carvalho; Zé Alberto, Roberto Dourado; Juriti que conseguiu a casa do estudante através de Reis Veloso, na época ministro; Reginaldo júnior, chefe de gabinete na prefeitura de Ilha Grande; Francisco o “D’ Granja”.  Este último passou pelo menos seis na presidência e vendeu um imóvel da ACEP onde funciona o Colégio Visão. Hoje quem preside a ACEP é Johnny Carvalho, que está há mais de 10 anos na função e mora no prédio que era para abrigar estudantes.
Reginaldo Júnior lembrou em sua época que os estudantes colaboravam ativamente em favor da classe, que só participavam quem era estudante até o ensino médio e tinham no máximo 21 anos. “Era um movimento bonito em que tenho saudades”, comentou. Segundo ele não haviam subvenções e as atividades eram feitas porque os estudantes gostavam de exercitar a cidadania. “Não tínhamos salários; mas realizamos shows, eventos; criamos bandas que surgiram nas escolas, como a B45; implantamos música e teatro nas escolas e o dinheiro era investido em instrumentos musicais; conseguíamos alimentos para os estudantes de fora”, enumerou ao recordar das ações em sua gestão de 1984 a 1986.
A sede ficava no prédio onde funciona a Defensoria Pública, em cima a ACEP e no térreo a Câmara de Vereadores. Devido ao movimento estudantil estar praticamente nulo, sendo que a ACEP só tem emitido carteiras de estudante, o chefe de gabinete de Ilha Grande, presidente do Instituto Histórico e Genealógico de Parnaíba e ex-presidente da associação pede a iniciativa da categoria para que se engaje na causa. Segundo Reginaldo há mais de dez anos na presidência, Johnny Carvalho, como outros, moldaram o estatuto para manter privilégios de fins próprios negligenciando a vocação da Associação Colegial de Parnaíba.
Ele até citou a possibilidade do prédio da ACEP, no centro de Parnaíba, ser perdido para o atual morador por usucapião. “Johnny Carvalho quer se tornar o proprietário de lá, não há prestação de contas, o Ministério Público deve ser acionado”, afirmou. Como solução Reginaldo Júnior diz que deve ser criado um grêmio e depois a comissão eleitoral pelos estudantes onde os eleitos devem mudar o estatuto para que o estudante possa ter novamente direitos sobre a associação. Alem de uma gestão transparente. “Deve ser movida uma ação judicial contra a atual gestão”, enfatizou.
Daniel Santos para o Proparnaiba.com

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