Salgueiro pega o time reserva do Parnahyba na abertura da Série D e goleia

Com três gols de Clebson e um de Nierien o Salgueiro vence o Parnahyba no Salguierão por 4 X 0. "Apesar do placar o resultado não traduz o que foi a partida", diz Ze Lima.

A equipe pernambucana jogando em casa buscou manutenção de rendimento para sonhar com vaga na Série C; Parnahyba embora com um conjunto improvisado com debandada de jogadores bicampeões e sem treinar por vários dias fez uma bela partida no estádio Cornélio de Barros, em Pernambuco, o Salgueirão.

O Salgueiro se preparou para dar os primeiros passos na Série D do Campeonato Brasileiro. Embalado na temporada e motivado pela classificação a terceira fase da Copa do Brasil, com a eliminação do Vitória e agora enfrentará o Criciúma. O Carcará do Sertão deve preservar o desenho da equipe que eliminou a equipe baiana. O Tubarão do Piauí, no entanto, levou a campo meia dúzia de meninos da base para completar o que restou do time bicampeão piauiense, em pleno ano de centenário do clube. Os dois iniciaram o duelo de estreia, a partir das 18h30, deste domingo (2), na cidade de Salgueiro, no Pernambuco. Apesar disto o Parnahyba não fez feio no primeiro tempo, perdendo por 1 X 0 em uma infelicidade do goleiro Willian Boré em um chute de fora da área do Clebson, de pé esquerdo, quando o Tubarão jogava melhor. No segundo tempo, de novo Clebson faz um golaço logo no primeiro minuto da etapa complementar. Aos 41 minutos o juizFlávio Feijó de Osmena (AL) para fazer média com a torcida marcou um pênalti inexistente, contestado até mesmos pelos locutores locais. Clebson botou na marca penal e executou Willian Boré. No último minuto da partida, Nierien ganhou da cansada defesa do Parnahyba e fez o quarto gol, selando o placar final.

O Salgueiro iniciou, em casa, sua jornada com o objetivo de voltar à Série C, na tentativa de não deixar escapar das mãos a oportunidade de começar bem. O time que atuou foi o mesmo que eliminou o Vitória da Copa do Brasil, a única diferença foi a entrada de Léo Alemão na zaga, já que Cleber Carioca deixou o clube para jogar no Macaé-RJ.

Em termos técnicos, sabemos que o Parnahyba tem um bom time. Afinal, ninguém é bicampeão à toa. O Salgueiro, por outro lado, se tornou um clube emergente no futebol nordestino e está em uma ótima fase, fator que pode ser decisivo neste jogo – destacou Marcelo Chamusca, técnico do Salgueiro.

A crise financeira que assola o clube piauiense mexeu com o brio dos jogadores e comprometeu a continuidade dos trabalhos na temporada. A conquista do título estadual reacendeu as discussões entre jogadores, comissão técnica e diretoria para o cumprimento dos acertos financeiros com a folha de pagamentos do clube azulino. Por conta do impasse, oito jogadores pediram desligamento do clube. Destes, seis foram titulares na campanha do bicampeonato Piauiense: Daniel, Aranha, Capela, Idelvando, Ivan e o artilheiro Zé Rodrigues. A debandada de jogadores ao longo da semana dificultou as previsões da armação da equipe.

“Perdemos nomes certos da escalação titular, o que prejudica demais a manutenção de um alicerce do grupo. Quando se tem um grupo campeão estadual como é o Parnahyba, é necessário somar com mais cinco ou seis nomes de qualidade para aumentar a capacidade de criação. Infelizmente é jogar com o que tem”, lamentou Paulo Moroni, técnico azulino.

Arbitragem de Salgueiro e Parnahyba:

Árbitro central: Flávio Feijó de Osmena (AL);

Assistente nº1: Otávio Correia de Araújo Neto (AL);

Assistente nº2: Thalis Augusto S. Monteiro (AL);

Quarto árbitro: Gilberto Freire de Farias (PE);

Assessor: Elias Coelho da Silva (PE).

O Salgueiro levou a campo: Mondragon; Marcos Tamandaré, Léo Alemão, Ricardo Braz e Pery; Aylton, Pio, Vitor Caicó e Alexon; Elvis (Clebson) e Fabrício Ceará.

Já o Parnahyba entrou em campo com: Boré, Eridon, Marcos Gasolina e Gilmar Baiano, Barata, Ramon, Alessandro, Luciano e Riane Raiff e Fabinho

Renda: 56.150,00

Público pagante: 8.196 pagantes

Por José Wilson

Jornal daParnaíba