4 de jun. de 2013

PMDB quer Dias fora da disputa em 2014 e PT apoiando Zé Filho

O deputado federal e presidente regional do PMDB, Marcelo Castro, mandou um recado para o senador Wellington Dias (PT) sobre sua intenção de ser o candidato único da base do governo em 2014. Castro deixou claro que essa "é a hora do PMDB" e lembrou que o partido já ajudou a eleger W. Dias em seus dois mandatos de governo e para Senado.
Na manhã desta segunda, o senador admitiu que a base governista pode ter duas candidaturas: a dele e a do vice-governador, Zé Filho (PMDB). Wellington afirmou que seu nome está cotado pelo diretório nacional do partido, já que vem sendo bem avaliado nas pesquisas, e disse ainda que irá trabalhar para o consenso em torno de sua candidatura.

Mas, Marcelo Castro, em entrevista ao Jornal do Piauí, lembrou que desde 1994 os primeiros colocados nas pesquisas sempre perderam eleição para governo no Piauí. "Só haverá união se o candidato for Wellington Dias? O PMDB nacional vai dar apoio a Zé Filho. O PT nacional vai dar apoio a Wellington Dias. Com todas as pesquisas que se faz Wellington Dias está em primeiro lugar. Mas estamos em 2013. Não é pesquisa que ganha eleição. De 1994 para cá só ganhou quem estava em último lugar nas primeiras pesquisas. Temos que trabalhar para manter a base unida", disse.  
Castro afirmou ainda que Wellington Dias não pode ser candidato por imposição e, por um "entendimento político", o PMDB deveria ser o beneficiado com a candidatura da base.

"Jamais uma imposição de que candidato tenha que ser A. Aí você já vai estar expulsando os outros. Não pode ser nesses termos. Evidente que não entendi que Wellington Dias disse assim. Quero crer que não. Evidente que ninguém discute que Wellington Dias está em primeiro, mas nem sempre quem está em primeiro é o melhor candidato. O mais provável é que Zé Filho assumindo seja o candidato natural de toda a base. Wellington tem quatro anos de senador Ainda. Quantas vezes o PMDB não votou nele para governador, senador? Não ajudamos a eleger Wilson Martins, Wellington Dias? Não é propriamente uma retribuição. É um entendimento político. Está na hora do PMDB. Para isso a gente tem que conversar. Jamais sob imposição de quem quer que seja", declarou.

Sobre uma provável saída do PMDB da base da presidente Dilma Rousseff, Castro acredita que isso não se configure, apesar das divergências. "O natural é a reedição da chapa que governa hoje o Brasil. Isso é uma coisa normal e está na cabeça dos dirigentes dos partidos. Tem problemas de relacionamento. Talvez estejamos vivendo um momento em que isso mais esteja se vendo. O governo da presidente Dilma tem muita dificuldade de relacionamento com a sua base política, inclusive com parte do PT. Qual é o governo que não tem dificuldades? Isso é um processo normal. Precisa é que a gente diminua essa desinteligência, fazer com ponderação, visando a continuidade desse grupo político. Isso é a arte da política", afirmou.

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Leilane Nunes
leilanenunes@cidadeverde.com

Um comentário:

  1. PMDB reporta clima de pré-rebelião a Dilma Em reunião com a presidente, Michel Temer, Renan Calheiros e Henrique Alves disseram que a insatisfação com o governo já atinge todos os aliados. Ciente do prejuízo iminente à articulação de 2014, Dilma falou que era hora de "harmonizar" as relações.
    Então quem dar as 'CARTAS' agora é o PMDB. Brigar agora é dar um tiro no pé. A briga é ruim pros dois e principalmente pro PT que não encontrará no senário um parceiro igual e colocará em 'cheque' a reeleição de Dilma.

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