O Secretário Estadual de Assistência Social, Francisco Guedes, esclareceu em entrevista ao vivo ao Jornal do Piauí, o bloqueio de 7.264 cartões do Bolsa Família. Segundo Guedes, esses beneficiários não preenchiam mais os critérios estabelecidos pelo Governo Federal para a concessão do benefício.
“Essas pessoas não preenchiam mais os critérios para receber o Bolsa Família. A SASC faz o cruzamento periódico de dados dos beneficiários com diversos órgãos como Receita Federal, Junta Comercial, Ministério do Trabalho Emprego, etc. As pessoas que tiveram seus cartões suspensos são cidadãos que se aposentaram, arrumaram emprego formal, assumiram mandatos eletivos, adquiriram veículos automotivos, montaram pequenos comércios, entre outros exemplos. Nesses casos os benefícios foram excluídos e agora vão favorecer outras pessoas que não recebiam e se enquadram nos critérios”, explicou Guedes.
Guedes explica ainda que nas capacitações periódicas feitas para os gestores da assistência social, são detectados muitos casos de pessoas que devolvem os cartões de forma voluntária. E que no caso de recebimento irregular, a punição é o bloqueio do beneficio.
Centro Educacional Masculino (CEM)
Francisco Guedes também rebateu as críticas feitas pelo juiz da Vara da Infância e Juventude, Antônio Lopes, que afirmou que o CEM é um local apenas para a “engorda” dos adolescentes infratores e que não os prepara para a ressocialização. “Os adolescentes são tratados como gado confinado. Apenas comem, dormem e fazem rebeliões”, disse o Juiz.
O secretário da SASC, disse que o promotor está desinformado e que precisa voltar ao CEM, após o seu período de férias. “Lá os internos tem reforço escolar, participam de cursos como panificação, praticam esportes. Temos também um convênio com o Pronatec, Senac e IFPI (Instituto Federal do Piauí)”.
Guedes conta ainda que em visita recente de membros do CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.) ao Piauí, os Centros receberam elogios, principalmente, em relação ao cursos ministrados aos adolescentes. E que a mesma comissão teria detectado problemas do judiciário, como a dificuldade de relacionamento entre o juiz e a promotora, casos de adolescentes com prazo vencido para julgamento e sem audiência marcada. “Ainda este mês estaremos reunidos com a Desembargadora Eulália em busca de soluções para melhorar o serviço, pois mesmo com os elogios, sabemos que existem falhas que precisam ser corrigidas”, encerrou o gestor estadual.
Sana Moraes (especial para o cidadeverde.com)
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