26 de mai. de 2013

O dia em que a Expresso Guanabara me fez viver o maior constrangimento de minha vida

Moro em Parnaíba-PI e sou cliente dessa empresa desde sua criação em 1992, portanto há mais de 20 anos. Sempre fiz viagens pela Guanabara para Fortaleza, Teresina e, nos últimos dois anos, tenho ido com regularidade para São Luís-MA, pois faço um curso superior lá. Como sou casada e meu marido continua morando em Parnaíba; durante o período letivo, venho às sextas-feiras à noite e volto no domingo à noite, no ônibus que saí às 20:15h.

Depois de contextualizar a situação, começo o relato do episódio de maior constrangimento por que passei em toda minha vida.
Adquiri um bilhete em 11 de maio de 2013, no guichê da agência na rodoviária de Parnaíba para viajar no dia 19 de maio de 2013. Sempre adquiro os bilhetes com antecedência. Entretanto, ao chegar à rodoviária, percebi que não estava com o bilhete. Dirigi-me ao guichê, apresentei meu documento de identificação e solicitei uma 2ª via, certa de que não haveria empecilho algum. Até porque antes certifiquei-me de que meu nome encontrava-se na lista de passageiros, em poder do motorista. Para minha surpresa, fui informada pelo funcionário da empresa que teria de efetuar a compra de um novo bilhete. Argumentei que isso não poderia acontecer, pois o bilhete já havia sido adquirido. Se ele consultasse o computador (que está conectado a todos os outros da empresa espalhados por onde ela presta serviços, verificaria isso), portanto não haveria motivos para a não emissão de uma 2ª via. O que se sucedeu a partir daí foi uma série de atitudes desrespeitosas por parte de todos os funcionários que estavam presentes no momento.
Eu argumentei que viajaria de qualquer forma, pois tinha compromissos inadiáveis em São Luís às 7h da manhã de segunda-feira, além de provas que eu deveria fazer naquele mesmo dia. Eles, já com bastante desdém em relação à situação, disseram que eu deveria comprar outra passagem e se recusaram a me fornecer um motivo plausível para a não emissão de 2ª via. Eu recusei-me a comprar, óbvio. para minha completa indignação, do rapaz do guichê ao motorista, todos foram bastante grossos comigo.
Dirigi-me ao ônibus. O motorista então foi para a porta dizendo que eu não entraria e quando eu disse que embarcaria de qualquer jeito, ele abriu os braços na tentativa de me empurrar. Só não conseguiu porque meu marido foi mais rápido e impediu-o.
O certo é que entrei, sentei-me no assento que já estava no meu nome. E começou uma sequência de fatos que jamais imaginei vivenciar. Os funcionários começaram a agir com ironia, inclusive deram sugestão para que os demais passageiros fizessem "uma vaquinha" para comprar uma nova passagem para mim. Depois ameaçaram chamar a polícia caso eu não saísse do ônibus. E já perto das 21h, o motorista subiu para dizer que a viagem atrasaria ainda mais, já que havia no ônibus uma moça que não podia viajar porque não tinha passagem. Avisou que o ônibus ia sair, mas ia direto para a garagem, onde os demais passageiros seriam transferidos para outro ônibus e eu ficaria lá dentro daquele até cansar.
Desci para argumentar mais uma vez que eu tinha o direito de viajar. Foi aí que vi os bagageiros fechados e minha mala jogada no calçamento molhado (havia chovido bastante minutos antes), fiquei muito indignada neste momento, porque em minha bagagem havia livros do curso, além de trabalhos que eu deveria entregar na segunda-feira.
Constrangida, indignada e preocupada com os demais passageiros, inclusive com uma criança de colo que já estava impaciente, e com o fato de ter de chegar a São Luís antes das 7h da manhã, acabei adquirindo uma nova passagem. Eles ainda disseram: "viu, como é fácil resolver o problema? Agora se achou ruim, entra na justiça!"
Esse episódio demonstra a total falta de respeito dessa empresa e a total falta de preparo dos funcionários para lidar com situações como essa.
Passei a noite viajando acordada, sem conseguir dormir, pensando no constrangimento pelo qual passei. Meu marido, no dia seguinte, relatou-me que, depois de finalmente eu embarcar, sentiu-se mal, teve uma crise de pressão alta.
Venho deixar público isso, porque quero que o maior número de pessoas possível fique ciente das práticas dessa empresa e do desrespeito com que trata o consumidor.
O triste é que sou obrigada a continuar viajando com eles, já que não há outras empresas que façam a linha Parnaíba-São Luís-Parnaíba nos horários em que eu preciso viajar. E talvez aí esteja o X da questão. Se houvesse concorrência, o tratamento aos passageiros seria outro.
E informo que já estou tomando as medidas legais cabíveis contra a Expresso Guanabara.

Agradeço aos passageiros, que ficaram do meu lado, inclusive aos que se dispuseram a servir de testemunha.

Por Ana Paula Rodrigues 

4 comentários:

  1. Espera-se que a Justiça seja feita. Infelizmente esses funcionários devem se achar a ultima ‘coca-cola’ do deserto. Mas eles mesmos são testemunhas da realidade. Quando agente vai comprar uma passagem pra Fortaleza, por exemplo, que tem outras e melhores opções de traslado, ficam ‘bonzinhos’. Dizem que a empresa oferece melhores condições de segurança e são maleáveis com os descontos. Mas deve ter outras opções para São Luis. Talvez não, no mesmo horário.

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  2. faltou boa vontade dos funcionarios ( pra comprar passagem exigem documento de identificação e se o nome constava na lista inclusive com o numero do documento original era muito facil de provar que ela tinha o bilhete)... exija sim seus direitos e entre na justiça. se eu estivesse no ônibus seria sua testemunha com maior prazer!

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  3. Chocada com a situação... e mais ainda por saber o quanto essa pessoa que sofreu toda essa humilhação é educada e querida. Eu não gosto do atendimento da Guanabara, tem dia que os atendentes parecem ter raiva do que fazem e descontam no cliente.

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  4. De modo algum você deveria ter comprado outro bilhete. e VOCÊ que deveria chamar a polícia e não eles. isso foi simplesmente um absurdo que aconteceu com você. Espero que tome mesmo as medidas legais por providencia de tudo isso.

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