Com a municipalização plena da saúde, a prefeitura só não ajuda a Santa Casa se não quiser, ou não ajuda porque não quer mesmo? Está ruim a situação da Santa Casa de Parnaíba, hospital que foi criado em 1896. Cada pavilhão foi construído por parnaibanos que tinham boas condições financeiras.
Nasceu como hospital filantrópico, na época estava tendo em Parnaíba um surto da chamada gripe espanhola. A nova casa de saúde surgiu através de doações, por iniciativa da sociedade civil que sentia a falta de um atendimento hospitalar. A manutenção do hospital, durante muitos anos, contou com o apoio da população que ajudava promovendo eventos beneficentes. A relação dos parnaibanos com a Santa Casa era um verdadeiro caso de amor. E foi esse amor transmitido pelos pais Jeanete e Joaz que contagiou o filho Francisco que tinha a maior satisfação quando criança, em sair vendendo cartões de bingos ou outros para ajudar o hospital. Já adulto, como médico, Francisco, mais conhecido como Mão Santa, dedicou-se a atender na Santa Casa de Misericódia.
O povo anos depois o colocou na vida pública e como político continuou dispensando trabalho e atenção ao hospital.
Em 1983, por falhas administrativas, houve um processo de descredenciamento da Santa Casa. Mão Santa não se conformou, fez a defesa e conseguiu que uma outra comissão viesse fazer nova auditoria. Entre os auditores estava o Dr. Robert Freitas, ortopedista por formação. A comissão compreendeu os equívocos e a Santa Casa continuou credenciada.
Na época do FUNRURAL existia uma verba fixa para os hospitais. Mão Santa liderou o movimento para que os colegas médicos abdicassem o recebimento dos recursos da verba para o dinheiro ficar integral na Santa Casa e ser administrado pelo honrado Sr. Rodrigo Ricardo Coimbra. Na ocasião eram médicos no hospital: Dr. Narciso, Dr. Candido, Dr. Mariano, Dr. Valdir Aragão, Dr. Ivesty, Dr. Carlos Arakem, Dr. João Silva Filho, Dra. Raimunda, Dr. Mário Gonçalves, Dr. Paulo Eudes e Dr. Francisco Moraes Souza.
A Santa Casa sempre teve dificuldades. Quando deputado estadual, Mão Santa, inúmeras vezes conseguiu intermediar negociações da Santa Casa com a Cepisa, na época pertencente ao governo do Estado, para evitar o corte de fornecimento de energia elétrica.
Como governador, Mão Santa através do Secretário de Saúde Dr. Paulo Lages, doou para Santa Casa de Misericórdia uma U.T.I. Não se sabe por qual motivo, nunca foi instalada. Quando assumiu a nova direção, os equipamentos já não se encontravam no hospital. Ainda como governador, Mão Santa propôs colocar na Santa Casa os laboratórios e as aulas práticas dos cursos de odontologia e enfermagem da UESPI. A Santa Casa passaria a auferir uma renda fixa do Estado, seria classificada como hospital escola e ficaria apta a receber os procedimentos do SUS com acréscimo de 50%, como ocorre no HGV e no Hospital Universitário de Teresina. A proposta foi recusada.
O governador parnaibano, atendendo a solicitação da Santa Casa, recuperou toda ala de ambulatórios, exatamente a que tem a lateral no cruzamento com a rua Cel. Pacifico.
Como Senador, Mão Santa destinou emendas do orçamento individual para a Santa Casa em Parnaíba. As emendas individuais dos parlamentares são de fácil liberação, apenas exigem as certidões negativas do órgão a ser beneficiado.
Dr. Cândido Athayde que dirigiu aquela casa de saúde por quase 60 anos, em 1996, condecorou Mão Santa com a Medalha do Centenário da Santa Casa, em reconhecimento aos serviços prestados ao referido hospital.
Entendemos que a histórica Santa Casa de Misericórdia que tanto bem tem prestado a nossa cidade, merece que a exemplo de Mão Santa e de tantos outros, cada um faça um pouco por ela para que possa continuar cumprindo com a nobre missão de servir. Sabe-se que as pessoas físicas ajudam, mas não podem tudo. É preciso que o poder público municipal entenda que a Santa Casa não pode fechar as portas. A municipalização plena da saúde traz mensalmente muitos recursos para Parnaíba. A responsabilidade impõe que seja resolvido o problema do centenário hospital filantrópico.
A secretária de saúde municipal precisa fazer um acordo com a direção do hospital, oferecer suporte técnico para descobrir o gargalo, firmar compromissos de ajuste de gestão e garantir recursos para superar a crise. A Santa Casa é dos parnaibanos. Chega de indiferença do governo do Sr. Florentino Neto que não inovou, apenas copia o ódio e o modelo administrativo arcaico e superado do seu antecessor.
Fonte: Portal do Delta
Fonte: Portal do Delta
boa vereador,certas instituições se tornam símbolos e,um símbolo tão importante para nossa cidade,não deve jamais ser jogado às traças.com certeza os espíritos de grandes homens que por ela doaram suas vidas estão contententes com sua preocupação.parabéns e não deixe essa chama se apagar
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