Pesquisa mostra que do total de mulheres agredidas no PI, 59% são violentadas em relações familiares
O Piauí é o terceiro estado do País onde as mulheres mais são agredidas no ambiente familiar. Do total de mulheres agredidas no estado, 59% foram violentadas no âmbito de suas relações domésticas. Os dados fazem parte de um levantamento de informações sobre a atuação do Poder Judiciário na aplicação da Lei Maria da Penha, nos seus cinco primeiros anos de vigência, feito pelo Conselho Nacional de Justiça.A pesquisa mostra que do total de mulheres agredidas 41,61% são violentadas em relações familiares, onde o sujeito da agressão foi o cônjuge, o ex-cônjuge ou algum parente. O Piauí só fica atrás de Sergipe com 78,26% das mulheres agredidas nesse tipo de relação e Tocantins com 66,64%. Rondônia e Acre aparecem em quarto lugar ficam com 58% cada.
O levantamento do CNJ foi feito por intermédio da Comissão de Acesso à Justiça e Cidadania e do Departamento de Pesquisas Judiciárias. A pesquisa tomou como base o Mapa da Violência (2012) e na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Foram analisados dados quantitativos sobre número de homicídios e índice de agressões, observando-se o recorte geográfico e temporal, bem como o tipo de relação do autor com a mulher em situação de violência.
O relatório mostra ainda a demanda judicial nos primeiros cinco anos de Lei Maria da Penha. Foi possível conhecer o número acumulado de procedimentos desde a promulgação da Lei até o final de 2011 a partir dos dados coletados junto aos Tribunais de Justiça brasileiros. Os dados foram requeridos no início de 2012 e analisados no decorrer do ano.
A pesquisa tinha como objetivo também, avaliar a adesão dos Tribunais à Recomendação 09/2007, que propõe a criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nas capitais e no interior dos estados brasileiros, dentre outras medidas destinadas à garantia dos direitos humanos das mulheres no âmbito de suas relações domésticas e familiares; e conhecer o quantitativo de procedimentos, assim como o número de juízes e servidores disponíveis para processá-los.
Segundo o relatório, a violência contra a mulher é significativamente expressiva no Brasil, mesmo após a criação da Lei Maria da Penha. O país ocupa a 7º posição mundial em números homicídios de mulheres. No Brasil ocorrem 4,6 mortes para cada 100 mil mulheres. O Espírito Santo apresenta a taxa mais alta, com 9,8 homicídios a cada 100 mil mulheres de acordo com o Mapa da Violência de 2012.
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