12 de mar. de 2013

Falta de comparecimento da AFG e direção da UFPI à audiência pública é desrespeito com o Legislativo parnaibano

Vereadores Carlson Pessoa (autor da proposição) Antonio Diniz e Neta Castelo Branco 



Na manhã desta terça-feira, 12 de março, a Câmara Municipal de Parnaíba realizou a audiência pública sobre os atrasos salariais de funcionários da empresa AFG Construções e Serviços Ltda, prestadora de serviço da Universidade Federal do Piauí.

Professor Alex Marinho - Diretor Eleito do Campus de Parnaíba da UFPI 
Participaram da sessão o autor do requerimento, vereador Carlson Pessoa(PSB), representantes dos estudantes, do Ministério do Trabalho, do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal do Piauí(SINTUFPI), imprensa, populares e vereadores. Mesmo com as convocações, os representantes da empresa AFG e da direção do campus da UFPI não compareceram e nem justificaram formalmente o motivo.

Darcio Castelo Branco da Sub-delegacia do MTE

Sem a presença da AFG, Carlson Pessoa e os demais vereadores ouviram atentamente os relatos dos presentes à audiência pública.

Daniel Rocha, do SINTUFPI, disse que a AFG já atrasou os salários dos funcionários em outras ocasiões e que os 57 trabalhadores não podem nem reclamar porque temem ser demitidos. “Depois da manifestação em frente ao campus, a empresa demitiu um dos funcionários. Parece que a UFPI ficou refém dessa empresa, que não tem a mínima condição de continuar prestando serviço para a universidade, por estar maltratando os trabalhadores dessa forma. Eles estão reivindicando pagamento, ticket alimentação e outros benefícios que não foram repassados até agora pela AFG”, comentou.

Daniel Rocha do SINTUFPI 
A estudante Vitória Régia dos Santos, do Centro Acadêmico de Matemática, pontou diversos problemas ocasionados durante a paralisação dos funcionários. “Além da falta de refeição no R.U., muitos departamentos da universidade ficaram sem serviço de limpeza. Também há vazamento de gás na cozinha do restaurante e alguns extintores de incêndio estão com prazo de funcionamento vencido. O Corpo de Bombeiros encontrou irregularidades que colocam a segurança dos frequentadores do R.U em risco. Já denunciamos isso várias vezes, mas nem a direção do campus e nem a reitoria da UFPI ainda não tomaram nenhuma providência. Parabenizo o vereador Carlson Pessoa por ter sido o único político que apoiou a luta dos prestadores de serviço”, lamentou.

Vitória Régia do Curso de Matemática 
O professor Alex Marinho, que já foi eleito o novo diretor do campus da UFPI em Parnaíba, mas ainda não foi empossado no cargo, fez questão de participar da audiência pública. “Ao assumir a direção do campus farei todos os esforços junto à reitoria da UFPI para ajudar os prestadores de serviço. É inaceitável o que fazem com esses trabalhadores assalariados. Infelizmente, ainda não temos autonomia para tomar as decisões aqui, somos dependentes da direção da instituição em Teresina”, falou Alex Marinho.

Max Meireles do Curso de Fisioterapia 

Representando o Diretório Acadêmico 3 de Março, o estudante de Fisioterapia, Max Meireles, solicitou aos vereadores que cobrem uma resposta imediata da UFPI. “Desde o ano passado que essa situação se arrasta e ninguém da universidade se pronuncia. Muitos chegam a pensar que a direção é conivente com essa empresa. Ninguém entende como ela ainda não teve o contrato cancelado”, disse.

O gerente da delegacia do Ministério do Trabalho em Parnaíba, Dácio Castelo Branco Almeida, garantiu que a AFG já foi notificada e que medidas estão sendo tomadas para que a empresa cumpra com seus deveres trabalhistas.


Para o vereador Carlson Pessoa, a empresa mostrou desrespeito com o Legislativo parnaibano ao não comparecer à audiência pública. “A AFG perdeu uma oportunidade de ser ouvida e de detalhar os motivos que ocasionaram os atrasos de salário. Os vereadores cobrarão um posicionamento da reitoria da UFPI, que vai ter que explicar por que continua pagando uma empresa com um histórico tão negativo. Atestamos mais uma vez que a AFG realmente não tem compromisso com nada, com exceção do alto valor que ela recebe dos cofres públicos”, afirmou.

Satisfeito com o resultado da audiência pública, Carlson Pessoa ressalta que o papel dos vereadores é o de defender os interesses da população. “Não poderíamos ficar indiferentes ao sofrimento desses trabalhadores parnaibanos, que lutam muito para sustentar suas famílias. A sugestão do vereador Antônio Diniz, de fazer uma comissão de vereadores para visitar o campus da UFPI, e ver de perto todos esses problemas relatados aqui, é válida. Após essa visita, enviaremos um documento para o ministro da Educação e nossos representantes na Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado, destacando as principais demandas do campus, e as reivindicações de trabalhadores e estudantes”, concluiu o vereador Carlson Pessoa.

Em suas falas, os vereadores Bernardo Rocha(PSC), André Neves(PMDB), Astrogildo Fernandes(PCdoB), Marcos Meneses(PSL) Antônio Diniz(PRTB), e a presidente da Câmara Municipal de Parnaíba, Neta Castelo Branco(PPS), elogiaram a iniciativa do vereador Carlson Pessoa.

Um comentário:

  1. Sem meias palavras, sem arrodeios. O fato é que há muita corrupção em todos os setores da Administração Pública atualmente e a Reitoria da UFPI não é exceção. O que é uma vergonha. Que Cultura se ensina aos discentes daquela Instituição. Urge uma enérgica ação do Ministério Público, já que os Auditores Fiscais do TEM não tem força nem vontade de autuar a dita Empresa terceirizada por ‘trabalho escravo’!

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