Imagem: Denílson Freitas/Blog do Pessoa |
Os bancos de areia não só chegaram fora de hora como ameaçam o trabalho dos barqueiros, pescadores e preocupam autoridades do Piauí.
O volume d´água abaixo do normal compromete a renda de pescadores, muitos reclamam que está diminuindo a quantidade de peixe no rio e parte disso é culpa da poluição e também da estiagem.
O efeito da falta de chuvas não atingiu apenas quem sobrevive da pesca, o nível do principal rio do estado também preocupa a população. O aposentado Francisco Gomes fala que o Parnaíba em épocas anteriores tinha mais água do que atualmente. “Era um rio bem bonito, cheio d´água e não existiam essas coroas nesta época do ano”, relata.
O motorista Luis Carlos Andrade, afirma quer o nível mais baixo revela uma quantidade maior nos bancos de areia. “No cais, do lado teresinense, é possível descer direto para uma das coroas formadas no leito do Parnaíba e caminhar até o meio do canal. Ao lado desta coroa, outra bem maior também se formou. Esta segunda já foi completamente tomada por vegetação”, afirma.
Segundo Jeremias Pereira, doutor em ecologia, o fenômeno realmente veio fora de hora. “Sem água suficiente não tem como espalhar a areia, que acumulada e se transforma em grande banco ao longo do leito. Com o tempo as cidades podem sentir as consequências”, explica.
Ele conta que é considerável o aumento no número de bancos de areia em toda a extensão do rio e aponta a falta de cuidado com o solo como principal causa do surgimento. “Em todo o estado, queimadas, desmatamento, o avanço da produção agrícola e da pecuária refletem no processo de assoreamento do rio Parnaíba, sem a conservação, não temos como evitar os danos”, afirma o especialista.
O acumulo de areia e sedimentos dentro do rio também é provocada pela destruição da mata localizada nas margens. De acordo com Dalton Macambira, secretário estadual do Meio Ambiente, para barrar os efeitos do assoreamento o poder público prometeu providências. “Estão sendo investidos R$ 200 milhões para ampliar o sistema de coleta e tratamento de esgoto de todas as cidades ribeirinhas, além de transforma lixões em aterro sanitário”, afirmou.
O pescador Antônio Ricardo, não esconde a preocupação e teme pela pelo futuro dos rios que cortam a capital. “Os rios são essenciais para nós, principalmente para quem vive nas regiões ribeirinhas, pois com a poluição e o assoreamento não tem como escapar”, desabafa.
Por: Denílson Freitas/Blog do Pessoa com Informações do G1 Piauí
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