Nem bem esfriaram os ânimos da derrota sofrida pelo PFL em 1986, quando Freitas Neto perdeu a eleição de governador, por menos de 1% dos votos, para Alberto Silva, do PMDB, os líderes e deputados pefelistas se reuniram e concluíram que no governo que se iniciaria não haveria lugar para os derrotados. “Eu já mapeei município por município e não há lugar para nós no Governo. Temos que nos acostumar a fazer oposição para ganhar a próxima eleição”. A observação foi feita por Sebastião da Rocha Leal, deputado estadual de vários mandatos, vice-governador, secretário de Estado, presidente da Assembléia Legislativa, que conhecia como ninguém a vida pública do Estado. Sua habilidade era reconhecida. Leal queria apenas dizer que em política, se tem lado e lugar de quem perde é na oposição. Sim, mas isso era naquele tempo porque hoje, em dia, os primeiros que chegam com o vencedor são os que não votaram nele. Daí os políticos não se preocuparem tanto com o resultado das eleições, seja para governador ou para presidente da República, porque sabem em nome de uma falsa governabilidade, eles aderem à situação com um piscar de olhos, ou seja, no menor aceno de quem está com a caneta na mão. Eis aí uma das principais razões da fragilização dos partidos políticos que hoje pouco representam. E já acenam para 2014 com esse mesmo modus operandi, seja qual for o seu candidato, o resultado não influi, pois o deputado e as lideranças políticas estarão na sua esmagadora maioria com quem ganhar.
Por Arimatéia Azevedo/Portal AZ
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