18 de fev. de 2013

Parnaíba, berço da indústria no Piauí, retoma seu lugar na economia



Parnaíba é o berço da indústria do Piauí. Quando ainda era a Vila de São João da Parnahyba, as charqueadas já indicavam nesse caminho, uma importância econômica que fez da cidade um polo irradiador de exportações e de um comércio até hoje fundamental na formação do Produto Interno Bruto municipal e estadual.
Por pelo menos um século, a maior parte da riqueza do Piauí foi escoada e se concentrou em Parnaíba. O esplendor arquitetônico de prédios públicos e privados, o fausto do altarmor da Igreja de Nossa Senhora da Graça são uma evidência de um passado rico e que agora começa a ser retomado pela diversificação das atividades empresariais, que vão desde o turismo, à produção de energia eólica até o cultivo orgânico de frutas e plantas para extração de medicamentos no Perímetro Irrigado Tabuleiros Litorâneos.
A cidade conta com uma Zona de Processamento de Exportação (ZPE) e vantagens competitivas de integração dos modais de transporte ferroviário, marítimo e rodoviário, além de um aeroporto a sete horas de capitais europeias como Paris e Lisboa. Isso torna Parnaíba um lugar com potencial para a instalação de indústrias exportadoras e para o turismo receptivo.
A recente descoberta de gás natural na bacia do Parnaíba, em solo maranhense, também amplia as vantagens para a instalação de plantas industriais na cidade, seja porque cria a perspectiva de usinas termelétricas produzindo energia limpa a pouca distância, seja porque as indústrias podem adquirir gás natural para funcionar.
Se em breve futuro há a possibilidade de converter-se em uma cidade industrial exportadora, Parnaíba já é um polo de atração e influência para pelo menos 28 municípios dos Estados do Piauí, Maranhão e Ceará, que certamente ajudam a manter bastante viva uma economia capaz de movimentar R$ 1,486 bilhão, conforme projeção da IPC Marketing Editora.
Parnaíba exerce influência direta sobre nove cidades próximas a leste, no Estado do Maranhão, que têm uma população de 253 mil pessoas. No lado cearense, seis cidades na área de influência de Parnaíba reúnem uma população de 250 mil pessoas. No Piauí, Parnaíba é polo e referência para 13 cidades, nas quais moram 160 mil pessoas.
Isso ajuda a entender por que atualmente o grosso da atividade econômica se sustenta no setor de comércio e serviços, com 72% do PIB municipal, o que se traduz em forte atividade comercial e em uma crescente rede de serviços puxados pela saúde e educação.
O dinamismo da economia de Parnaíba, com mercado consumidor próprio de 147 mil pessoas e o entorno beirando 660 mil, também justifica por que a cidade está entre as 40, excluídas as capitais, que tiveram maior crescimento de consumo, conforme análise da consultoria americana MacKinsey, publicada na Revista Exame de 22 de agosto de 2012.
Esse número reflete a importância das atividades comerciais e de serviço, responsáveis por mais de dois terços do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, mas reforçam a necessidade de a cidade manter o ritmo de retomada da industrialização. O setor responde por 15% da economia parnaibana. Nos próximos anos, certamente aumentará sua participação no conjunto das atividades produtivas da cidade e da região sobre a qual ela exerce crescente influência.

Raio X de Parnaíba

Área - 435 km²
População – 146.736 habitantes (IBGE-2011)
ECONOMIA (2010 – IBGE)
PIB – R$ 947.088.000,00
PIB per capita – R$ 6.498,97     
Agropecuária – R$ 24.704.000,00
Indústria – R$ 144.624.000,00
Comércio e serviços – R$ 679.489.000,00
Tributos – R$ 98.272.000,00
Número de empresas atuantes (2010) – 2.763
Pessoal assalariado (2010) – 15.242 pessoas
Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal: 0,6086

Cidades sob influência de Parnaíba

Piauí: Bom Princípio do Piauí, Buriti dos Lopes, Cajueiro da Praia, Caraúbas do Piauí, Caxingó, Cocal, Cocal dos Alves, Ilha Grande, Luís Correia, Murici dos Portelas, Piracuruca, São João da Fronteira, São José do Divino.
Maranhão: Água Doce do Maranhão, Araioses, Magalhães de Almeida, Milagres do Maranhão, Paulino Neves, Santa Quitéria do Maranhão, Santana do Maranhão, São Bernardo e Tutoia.
Ceará: Barroquinha, Camocim, Chaval, Granja, Tianguá e Viçosa.


Fonte: Cadastro Industrial do Piauí 2013-2014 (p. 70-2) / Superintendência de Turismo e Esporte de Parnaíba.

7 comentários:

  1. O NOVO NORDESTE

    A riqueza do sertão nordestino vem das águas do rio São Francisco e às margens do rio, cidades da Bahia e Pernambuco se transformam em um grande polo de produção e exportação de frutas. Com a economia aquecida empresários de outros setores investem na região e são criados novos empregos. Veja na segunda reportagem da série especial de Luiz Carlos Azenha.

    http://www.youtube.com/watch?v=9rRRYHFIx18


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  2. Por que a nossa producao e irrigada e tao acanhada??????? O nosso perimetro irrigado tem 10 mil hectares. Nos outros lugares do nordeste esses perimetros geram milhares de empregos. Temos boas estradas.

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  3. O que a Gol linhas areas fala de Campina Grande, interior da Paraiba?


    Força interior

    A cidade não ostenta o adjetivo “grande” à toa: é uma das metrópoles do interior nordestino. Rivaliza em importância econômica com a capital paraibana, João Pessoa, e ainda se orgulha de promover a maior festa de São João do planeta. É um mês inteiro de muito forró no Parque do Povo, área de 42,5 mil metros quadrados que fica tomada de gente.
    Quer mais? Pois tem! No meio do caminho entre o agreste e o sertão, Campina Grande é um polo tecnológico, químico, farmacêutico e universitário que atrai gente de todo o Nordeste. O turismo de negócios é fortíssimo na cidade.
    Situada no Planalto da Borborema, cerca de 550 metros acima do nível do mar, tem um clima mais ameno que o dos demais municípios do interior do estado, além de áreas verdes como o Parque das Pedras e o Açude Novo

    http://www.voegol.com.br/pt-br/destinos/Paginas/campina-grande-pb.aspx

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  4. Os melhores alunos do mundo. Não são superdotados. Deram a sorte de estar na melhor escola do país que tem o melhor ensino básico do planeta.

    Por fora, a escola não tem nada de mais: 1,3 mil alunos, 35 por classe.

    Veja o que faz diferença:

    A senhora Park tem mestrado em Educação, como a maioria dos professores lá. O karaokê é só um dos recursos educativos. Na sala de aula, tudo o que é preciso para educar com motivação.

    São oito horas por dia na escola. Estressante?

    Não, é divertido, dizem eles.

    Todos têm notas acima de oito. O segredo é nunca permitir que o aluno passe um dia sem entender a lição, diz a professora, que ganha o equivalente a R$ 10,5 mil por mês.

    É a média na Coréia, onde os professores precisam ter curso superior e são atualizados e avaliados a cada dois anos. Se o aluno não aprende, o professor é reprovado.

    Tudo isso num país que nos anos 50 estava destruído por uma guerra civil que dividiu a Coréia ao meio, deixou um milhão de mortos e a maior parte da população na miséria. Um em cada três coreanos era analfabeto. Hoje, oito em cada dez chegam à universidade.

    A virada começou com uma lei que tornou o ensino básico prioridade. Os recursos foram concentrados nos primeiros oito anos de estudo, tornados obrigatórios e gratuitos, como são até hoje. O ensino médio tem 50% de escolas privadas e as faculdades são todas pagas, mesmo as públicas. Bons alunos têm bolsa de estudos e o governo incentiva pesquisas estratégicas.

    O fato é que logo depois da reforma da Educação, a economia da Coréia começou a crescer rápido, em média 9% ao ano durante mais de três décadas. E hoje, graças à multidão de cientistas que o país forma todos os anos, a Coréia está pronta para entrar no primeiro mundo, tendo como cartão de visitas uma incrível capacidade de inovação tecnológica. Desde a área de computação até na genética.

    Nos laboratórios onde lideram pesquisas de clonagem terapêutica, nas grandes corporações que espalharam marcas coreanas no mercado mundial de eletrônicos e de automóveis, aparece a revolução econômica que começou em casa.

    “O segredo é a família, com pais comprometidos os alunos ficam motivados e os professores entusiasmados”, fala uma professora.

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  5. O governo concorda.

    “Os pais que não tiveram oportunidade de educação lutaram para que seus filhos tenham o melhor. É prova de amor”, diz o governador.

    “Foi a paixão pela Educação que fez a Coréia crescer”, concorda o pai de quatro, que como a média dos coreanos gasta 20% da renda familiar em cursos extracurriculares para reforçar o ensino.

    Os filhos falam inglês com a desenvoltura que têm na música. E o casal bota um dinheirão em livros, comprados às dezenas. Porque testemunhou o que a educação fez pelo país.

    “Quando eu ia para escola, nos anos 70, muitos colegas não tinham nem o que comer”, lembra o pai.

    O avô lembra que no tempo dele não tinha nem livros. Agora o que falta para neta, de 16 anos é tempo para ficar em casa. Ela passa 15 horas por dia na escola.

    Nessa jornada, tem japonês, alemão. São sete idiomas ofertados. Programar computadores, entender história. Tem as diversões da vida no colegial mas não é brincadeira. É a corrida para entrar numa das três melhores universidades do país.

    “Eu sinto responsabilidade com relação a minha família e meu país. Mas também porque um dia eu vou ter filhos”, diz Yong Woo.

    O colega desabafa: a pressão é muito grande, principalmente para os meninos.

    Ela completa: “A Coréia quer homens perfeitos, esse é o problema”.

    Os pais concordam. Acham que o ensino é competitivo demais, voltado à formação de profissionais de alto nível, deixando o ser humano de lado.

    No Ministério da Educação e Recursos Humanos, o diretor explica:“Os coreanos não querem ser perdedores. Por isso a educação é voltada para a economia”.

    De novo na terceira série, onde as crianças de 10 anos simulam entrevistas de emprego e as paredes tem slogans: “Economia forte significa um país forte” e também: “Economize um centavo, orgulhe seu país”.

    As crianças acham natural. Puxam seus celulares “Made in Coréia” para fotografar os visitantes. Riem como quem sabe que tem futuro.

    Fonte: jornalnacional.globo.com

    http://www.youtube.com/watch?v=uFmeh9_UzNI

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  6. OS PARNAIBANOS QUEREM SER PERDEDORES ??????
    EDUCACAO E TRABALHO

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  7. Primo, estou afastada dai faz muito tempo. Onde é que funciona a ZPE? Tenho interesse em divulgá-la aqui no Maranhão.
    Abraços.
    Gilvan
    Banco do Nordeste
    Pedreiras(MA)

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