O que espero,
com esse tema, é esconjurar o medo da crítica, ser realista, e não fazer um
discurso de forma ofensiva e fechado em si mesmo. O propósito maior dessa matéria é alertar para
o processo de autofagia ou mesmo de letargia que a Parnaíba está se submetendo
no campo do turismo. Assim, ações imprescindíveis ao turismo, como a
viabilidade do aeroporto de Parnaíba, nos últimos tempos foram ignoradas. Enquanto
discutimos... esperamos...discutimos...
Se olharmos para as cidades vizinhas,
quase todas têm suas atrações de turismo de massa (festival do caranguejo,
festival de inverno, Barramares, Barra Grande). Se direcionarmos nossa visão
para as cidades circunvizinhas do Ceará, elas estão oferecendo atrações em
praça pública, praticamente o ano todo. Se focarmos na capital, Teresina;
eventos praticamente, por todo decorrer do ano, acontecem. O que estamos
oferecendo? Quais são as nossas atrações? O que acontece no final de ano, no
carnaval, nos meses de férias em Parnaíba?
Não iremos remontar à velha estória
do “já teve”, mas remontar um passado mais recente. Pois bem: a cidade está
situada num Polo Turístico. Em seguida vem à pergunta: o que temos a oferecer
ao turista na área de entretenimento? Não temos carnaval de referência, acabamos
com o Parnafolia, liquidamos com a Semana Santa, fechamos praticamente todos os
clubes que promoviam bailes carnavalescos, nosso Reveillon foi ultimado,
renunciamos o nosso mês de julho e praticamente descuidamos da FEPEME, além de abandonarmos
a beira rio (o cais) e o Porto das Barcas. Restaram os folguedos juninos, que
infelizmente não se constituem em atrativo concorrente em relação às atrações
de outras regiões. Reconhecemos que a única referência que temos é o Delta. E
só para completar, a cidade tem vida noturna fraca no período de baixa estação,
com pouquíssimas opções e com atendimento precário. Diz o ditado que o pior
cego é aquele que não quer ver. É hora de reinventar a Parnaíba ou nosso
turismo irá se transformar numa verdadeira “Praia da Pedra do Sal”, que simplesmente
a sua estrutura foi deteriorada nos últimos anos e nada se fez.
Quando se fala em reinvenção,
louvamos os idealizadores da “Sexta Cultural”, na Beira-Rio. Na verdade,
atitude como essa mostra que não precisamos ficar esperando...e esperamos que
se desenvolva, em nossa cidade, um turismo sustentável e participativo, pois
temos meio ambiente, cultura, criatividade, estrutura. O que estamos esperando?
PHB: 15.01.2013
Eudes Barros
Mestre em Administração
Prof. Da UFPI e da FAP
e-mail: eudesbar@yahoo.com.br
otimo comentario professor!
ResponderExcluirProfessor, o deputado paes landim falou que alocou verbas para pedra do sal para construcao de barracas, o dinheiro ja tava em caixa. O IBAMA nao autorizou a obra.
ResponderExcluirO IBAMA e o IPHAN fizeram o litoral perde 5 resorts, a perda de centenas de empregos.
O aeroporto foi ampliado devido os resorts. Eles trabalham com marketing.
Varias fazendas de camarao foram embargadas. E o aeroporto de PHB na esta funcinando.
Isso nao e desenvolvimento. Ta havendo muito radicalismo por partes do orgaos ambientais. Ate na area urbana nao pode se construir.