No início do julgamento, pelo Supremo, do processo que ficou conhecido pela sociedade como "Mensalão", alguns ingênuos e parte da mídia, paulatinamente, passaram a ressaltar e a mistificar posicionamentos de um ou outro ministro.
Com o pedido de condenação concluso pelo relator Joaquim Barbosa, este passou a ser considerado ícone do Judiciário. Naquela oportunidade, me posicionei no sentido de que a cautela era necessária e deveríamos esperar além da condenação do plenário daquela Corte, a dosimetria das penas a serem aplicadas. Hoje constato que estava certo.
Os ministros do STF preparam uma satisfação a Lula e ao PT: o Supremo já fala abertamente, através de seus áulicos, em considerar os crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e peculato em crimes da mesma espécie, que comportam continuidade delitiva.
Assim, em vez de suas penas serem somadas em concurso material, será considerada somente a mais grave, e aplicada uma fração a mais referentemente às demais.
Ou seja, prepara-se o livramento da cadeia do Zé Dirceu et caterva. Então, os ministros terão atendido as duas partes - a sociedade, com o engodo da condenação; ao PT e Lula que os nomeou, com a absolvição prática(os condenados não irão para a cadeia). Meu receio tinha sentido.
Advogado Paulo de Tarso
Edição Blog do Pessoa
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente essa postagem
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.