Sr. Presidente, queria também fazer
um apelo, já que terminou a greve dos agentes da Polícia Federal, sob a
importância da valorização dos seus servidores. Na época, preferi não me
pronunciar a respeito, posto que outros colegas, como o próprio Delegado Protógenes,
lideraram um movimento a favor das suas reivindicações. Temos que criar no
Brasil, com seriedade e sem demagogia, os chamados servidores de Estado. Têm o
servidor de governo e o servidor de Estado, aqueles que pertencem ao corpo
permanente da Nação no serviço público. São os diplomatas, o Judiciário, os
militares, os agentes da segurança pública, e por
que não dizer, os próprios agentes fiscais do Estados, porque, claro, da
receita dependem os custeios das despesas dos servidores de Governo e de
Estado.
Então, atividades como a segurança,
envolvendo militares e os órgãos da Polícia Federal, a diplomacia e o
Judiciário, por excelência, são carreiras típicas de Estado.
Tínhamos que proibir a demagogia
nesta Casa, todo mundo quer incluir outras categorias nas carreiras de Estado. Funções
típicas de Estado é uma instituição diferenciada das funções próprias de
governo.
Nesse sentido, ou nós tenhamos
coragem de adotar uma posição dessa ou vamos ter sempre problemas relacionados
a reivindicações salariais da área de segurança, que são vitais para a ordem do
País.
Além do mais, Sr. Presidente, nessas
áreas, Itamaraty, Judiciário, Judiciário Federal, a área militar, a Polícia
Federal e a Receita Federal, os concursos são da maior seriedade e honra qualquer
elite profissional de qualquer país do mundo desenvolvido. Sem falar nos seus
cursos de aperfeiçoamento, inclusive a nível de pós-graduação.
A Polícia Federal tem quadro da
maior excelência profissional. A Academia Nacional de Polícia é da maior seriedade
acadêmica. E o que dizer do Instituto Rio Branco, do Itamaraty e das escolas do
Judiciário e do Ministério Público Federal?.
O importante, Sr. Presidente, é que
tenhamos coragem de definir de uma vez por todas, sem demagogia, sem
penduricalhos o que é exatamente atividade típica de Estado e a remunerarmos
bem, porque essa é, exatamente, a elite do serviço público brasileiro, que
merece um salário adequado por seu alto comprometimento profissional e as suas
altas responsabilidades institucionais perante a Nação e o País.
Eram essa a consideração, Sr.
Presidente, que eu queria fazer nesta tarde, até porque não é possível nós
imaginarmos que agentes em área de segurança possam fazer greve, que foi um
outro erro da Constituição, contra cujo dispositivo eu me insurgi, na época. Eu
acho que o servidor público não pode fazer greve.
Espero que esse seja um tema que
leve a uma reflexão desta Casa.
Mas temos o dever de compensar a
altura das suas funções institucionais, da dimensão profissional dessas carreiras
típicas de Estado, uma remuneração condigna por seus relevantes afazeres
profissionais e institucionais.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
Edição Blog do Pessoa
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