18 de out. de 2012

Fiscais apreendem cerca de 400 metros de rede de pesca durante operação no Delta do Parnaíba


Fiscais da Reserva Extrativista (Resex) Marinha Delta do Parnaíba, entre os estados do Maranhão e Piauí, divulgaram o balanço da “Operação Desocupa” que notificou pousadas, restaurantes e chalés no interior da unidade de conservação (UC) e apreendeu cerca de 400 metros de rede de pesca em autos de infração.

A operação ocorreu entre os dias 23 e 27 de setembro, a partir de denúncias da comunidade. Antes, foram feitos reconhecimentos aéreo e fluvial da área. Donos de cinco restaurantes e pousadas, na Ilha das Canárias, Morro do Meio e Caiçara, foram notificados por exercerem atividades comerciais no interior da Resex, e um proprietário de chalé, por construir dentro dos limites da reserva.

Durante a operação, os fiscais sobrevoaram todo o perímetro da APA e da Resex Delta do Parnaíba e inspecionaram toda a parte fluvial da Resex. A ação resultou ainda em dois autos de infração por pesca sem registro, com apreensão de aproximadamente 400 metros de rede, que, no momento da chegada dos fiscais, fechavam todo o igarapé próximo ao “quebra-anzol”.

Comunidade
As autuações e notificações são o resultado de demandas feitas pela comunidade que defende a proteção dos recursos naturais da Resex. Empresas  turísticas, devido ao potencial da área, investem cada vez mais na região, sob a alegação de que a atividade ajuda os moradores da região.

Além de permitir o diálogo com os comunitários e esclarecer as regras de uso e a legislação ambiental, a operação favoreceu a um maior conhecimento sobre a reserva que hoje conta com uma área de aproximadamente 27 mil hectares. A operação chamou ainda a atenção para a urgente necessidade de elaboração de zoneamento da unidade, prevista no plano de manejo.

Criada por decreto presidencial em 16 de janeiro do ano 2000, a UC é administrada pelo ICMBio. Para evitar conflitos e possibilitar que os notificados se organizem e prestem os devidos esclarecimentos, a chefia da Resex receberá os proprietários e a sua documentação, que deve incluir a autorização e licenciamento ambiental para a atividade comercial flagrada.

A partir de agora e até o fim do ano, os gestores vão fazer, pelo menos, uma vistoria por mês na área da Resex, de modo a impedir que as pousadas não funcionem sem a devida autorização e garantir que os interesses da comunidade sejam levados em consideração, como os projetos do Incra, Funasa e Bolsa Verde.

Jornal da Parnaíba |  Fonte: .ICMBio

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