Prédio onde funciona a Delegacia Regional de Parnaíba (Imagem: Divulgação)
O delegado regional de Parnaíba, Alfredo Cadena Junior, denunciou à Corregedoria da Polícia Civil o furto de vários equipamentos de som que estavam na Delegacia Regional após terem sido apreendidos por determinação da Justiça, fruto de uma ação policial.
Segundo a denúncia feita ao Proparnaiba.com pelo advogado Igor Cruz, o material de propriedade de uma empresa havia sido alugado para um homem que acabou preso ainda no mês de fevereiro deste ano, sob acusação de estelionato e outros crimes.
Trata-se de uma carreta (a ser fixada em veículos através do reboque) a qual continha um moderno equipamento de som. Mesmo tendo o dono apresentado a documentação que comprovava a posse, o material acabou sendo se tornando parte do processo.
Entretanto, algum tempo depois, o advogado tomou ciência de que componentes estavam sendo subtraídos do aparelho como um todo. “Pouco a pouco, começaram a roubar as peças mais caras, dentro das instalações da Polícia Civil”, relatou Igor.
Foi quando Cadena Junior assumiu a Delegacia Regional e mandou fazer um inventário de tudo que havia sido apreendido e se encontrava no local. “Neste momento, demos falta de dois módulos, um crossover e um toca CDs – avaliados em R$ 4 mil”, completa.
Um boletim de ocorrência foi registrado pelos próprios policiais, o que deu margem para que o delegado acionasse a Corregedoria, informando sobre o caso. “Não vou tolerar nenhum tipo de má conduta e todas a corregedoria vai apurar”, disse Cadena ao Proparnaiba.com.
Depois que o crime foi descoberto, o advogado – que já havia pedido a liberação do som na Justiça – conseguiu uma decisão liminar através da 2ª Vara Civil. “Mas quando fomos pega-lo, soubemos que havia sido levado para a casa de um policial”, explica.
Ainda de acordo com Igor, o agente só chegou com o equipamento algumas horas depois. “O detalhe mais grave de todos: novas peças tinham sumido, desta vez utilizaram uma ferramenta para arrebentar a caixa e tirar outras coisas, aumentando ainda mais o prejuízo”, pontuou.
O novo furto supostamente aconteceu enquanto o som deixou o pátio da delegacia e pode ser comprovado através de marcas de corte feitos provavelmente com um “tico-tico”. “Queremos o material de volta e que o caso seja apurado”, finalizou o advogado.
Daniel Saturnino para o Proparnaiba.com
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