A reunião realizada neste dia 11 de julho, em Brasília, mais uma
vez foi decepcionante, a direção da Eletrobras não apresentou uma boa proposta,
ou melhor, veio de mãos vazias. Repetindo que o governo está oferecendo como
reajuste salarial apenas 5,1%, que está muito abaixo do que os (as)
trabalhadores (as) estão reivindicando que é de 10,73%. Também nada
apresentaram sobre indenização por perda de massa salarial, melhorias no PCR,
com a garantia de verbas para se promover as devidas correções ou movimentações
salariais, plano de saúde extensivo aos aposentados, à renovação das
concessões, dentre outras questões.
Essa postura da Holding (responsável pela Eletrobrás) mostra a submissão
ao DEST, Ministério do Planejamento e de Minas e Energia, assim como, a sua
incapacidade em se colocar enquanto empresa estratégica para o governo.
Após mais de 20 anos sem fazer uma greve
por tempo indeterminado, os eletricitários vinculados às empresas do Sistema Eletrobrás
entrarão em greve a partir desta segunda, dia 16 de julho. Tudo isto por conta
da insensibilidade dos dirigentes das empresas e de um governo que ajudamos a
eleger com a promessa de fortalecer o Sistema Eletrobrás, mas que agora prefere
virar as costas aos (a) trabalhadores (as) de um setor fundamental não somente
para o desenvolvimento econômico, como também para a soberania do Brasil.
O esgotamento das negociações mostra que o
Governo desejou provocar esta greve, pois é inadmissível pensar que a categoria
iria aceitar um acordo tão rebaixado, incapaz de trazer o mínimo de dignidade
para os (as) trabalhadores (as). O projeto que um dia acreditamos ser de
continuidade do Governo Lula fez a opção de combater os (as) trabalhadores (as)
e desgastar o movimento sindical, basta acompanhar no noticiário a greve do
funcionalismo federal de quase três meses, sem falar nos professores e outras
categorias que estão sendo atacadas desde o inicio deste governo. Enquanto
isso, os cofres estão abertos para dar incentivos fiscais bilionários ao setor
privado em nome do crescimento econômico e do combate a crise mundial. Enquanto
isso, na outra ponta os trabalhadores sofrem o arrocho salarial para não
aumentar supostamente os gastos públicos, uma total contradição.
É importante lembrar que durante a greve
faremos avaliações diárias, dessa forma será fundamental a presença de todos
(as) na porta das empresas, para definirmos os passos seguintes da nossa
mobilização. Destacamos também que teremos um comando de greve que ficará de
sobreaviso para qualquer chamado da Eletrobras ou do governo para negociar.
Participe. Venha fazer parte de uma luta
que é de todos daqueles acreditam em uma Eletrobras forte e que respeita seu
maior patrimônio, que são seus (suas) trabalhadores (as).
TODOS À GREVE POR TEMPO INDETERMINADO A
PARTIR DO DIA 16 DE JULHO!
Informações: FNU
Edição e Imagem: Denílson Freitas/Blog do Pessoa
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