23 de jul. de 2012

Do Blog do Defensor Marcos Siqueira


Defensor Publico do Piauí - Marcos Siqueira

Juquinha

Os meus leitores (dois ou três, eu acho) já devem ter ouvido aquela anedota sobre o Joãozinho, aluno esperto, sagaz, espirituoso, que tem resposta pronta para a pergunta séria da Professora, sempre entre o maledicente e o cinismo.
Pois foi disso que me lembrei, de pronto, quando li o nome que dá o título a esta crônica de hoje. Li-o na última edição da revista Veja, de 11 de julho do corrente, mais precisamente na página 58, em matéria sobre mais um rolo com alguém  ligado a político da famosa “base aliada” do governo federal.
O Juquinha (ou Joãozinho, tanto faz, pois se trata de cidadão esperto, muito esperto) dirigia até ser demitido pela chefe do executivo federal, Senhora Dilma, a Valec, uma estatal encarregada de construir as ferrovias no país, desde 2003, por indicação política, é claro, do PL, atualmente PR – nem me perguntem o nome do partido, pois não faz nenhuma diferença, bastando a sigla para bom entendedor.
Foi demitido há pouquinho só, em 2011. Seu nome completo eu omito, ficando só com o apelido, mas quem quiser saber leia a Veja.
Mas sua permanência no cargo bastou para transformar um patrimônio pessoal, que o próprio declarou, em 1998, ao se candidatar, ser de 500 mil reais, para um patrimônio 10000% maior.
Vou escrever: dez mil por cento maior, ou seja, os R$ 500.000,00 – contem os zeros, por favor – passaram a ser R$ 50.500.000,00 (por favor, corrijam-me, pois já fiz e refiz esse cálculo e ainda penso que estou errado).
Como ele conseguiu isso é o que se está desvendando em investigação tocada pela polícia e Ministério Público Federal.
Mas, dentre o que se está descobrindo, já se sabe ser “Homem de visão, segundo seus amigos, ele investiu em terras por onde passariam os trilhos de ferrovias administradas pela Valec. Ou seja: comprava fazendas que, anos depois, se valorizariam graças à chegada da estrada de ferro” (transcrito da Veja, p. 58).
Tanta iniciativa e imaginação para os negócios particulares, se bem empregadas para a Valec teriam feito desta uma das mais eficientes do mundo, com toda certeza.
Como não foi o caso, a estatal só estava gastando os tubos de dinheiro para cumprir sua finalidade, sem que as ferrovias saiam do papel. Nada de ferrovias; nada de trens, e haja o país a gastar em transporte para exportar e encarecer produtos.
Até quando povo e eleitor brasileiro vais sustentar tantos desperdícios? As eleições estão aí. Tome voto em Juquinhas!

14/07/2012

Marcos Antônio Siqueira da Silva

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