DESABAFO: Depois do SAMU, onde estão todos da UTI?

Olá amigos!!!!

Gostaria de levar ao conhecimento de todos, alguns fatos que me deixaram magoada e muito chateada com a saúde Pública do nosso Estado do Piauí, nesses últimos vinte dias, melhor dizendo, não quero generalizar “SAÚDE PÚBLICA”, e sim “ALGUNS PSEUDOS PROFISSIONAIS” que atuam nesta área.

O primeiro fato aconteceu na madrugada do dia 27-abril-12, às 03h30min., quando minha mãe passou mal e precisou de atendimento medico de urgência, então liguei para o SAMU e após responder várias perguntas do atendente, este passou a ligação para o médico plantonista que também me fez um longo interrogatório e finalizou dizendo que era pra eu levar minha mãe para o HEDA (Hospital Estadual Dirceu Arco Verde), pois eles só atendiam casos graves...Aflita, eu ainda falei pra ele que mandasse uma ambulância com urgência na minha residência ao menos para deslocar minha mãe até o hospital, pois ela estava desmaiada e com muita falta de ar em cima de uma cama e que estava somente duas mulheres em casa, no caso eu e minha irmã, e que não tínhamos condição de colocar ela no carro, não obstante ele disse que era assim que tinha que ser feito e desligou o telefone.
Após a recusa de socorro por parte do SAMU, melhor dizendo, por parte de um pseudo profissional que se encontrava de plantão naquela madrugada, conseguimos, com muito sacrifico, por conta própria, levar minha mãe até a emergência do HEDA, não sendo ela colocada imediatamente na UTI daquele hospital por falta de leito naquela Unidade de Terapia Intensiva, fato este que foi suprido 24h depois, onde minha mãe permanece internada e em coma, após ter sido constatado um AVC isquêmico fora dos padrões normais e uma pneumonia grave, isto porque o médico do SAMU “achou” que o caso da mamãe não era grave, pois eles só atendiam casos graves, casos tão graves como um que presenciei no mesmo dia que minha mãe estava na urgência daquela Unidade de Saúde, quando o SAMU trouxe até o posto de atendimento médico, um rapaz que tinha apenas um arranhão no braço, tendo este saído da cadeira caminhando e sorrindo para ir fazer o curativo....após presenciar isto fiquei ainda mais chateada e magoada...que injustiça néh?
Outro fato que me deixou indignada foi o que me aconteceu hoje, dia 18-maio-12, pela manhã, quando cheguei na UTI pra visitar minha mãe.


Esclareço a todos que as normas daquela unidade de terapia intensiva são as seguintes: Horário de visitas pela manhã às 10h30min e a tarde 16h30min, sendo três pessoas em cada horário, e como lá eles não fornecem boletim, cabe a uma pessoa conversar com o médico sobre o estado de saúde de seu doente. Pois bem, como de costume eu sempre converso com o médico, que por sinal existem alí muitos profissionais que honram o compromisso assumido, entretanto existe um médico que não sabe o que é compromisso ou não valoriza a vida dos pacientes, pois procurado para dá informações, este não se encontrava no seu local de trabalho, abandonando doze leitos a mercê da sorte.
Esclareço, ainda, que quando este “profissional” se encontra, fica o tempo todo no celular, não dá explicações para os parentes dos enfermos, e ainda acha por bem proibir as visitas todas as tardes que ele estar de plantão. 
É um absurdo!!!



Pois bem , após constatada a ausência do médico plantonista, pedir pra falar com a enfermeira chefe plantonista, então fui informada que ela não estava também no seu plantão. Então disse que queria falar com a técnica de enfermagem que estava cuidando da minha mãe, fui informada que ela também não estava.
- E o fisioterapeuta? 
- Este também não está. 
- E com quem eu falo pra saber o quadro de saúde de minha mãe?
Tiveram que improvisar uma pessoa que estava cuidando de um outro leito pra tentar me dar alguma informação. 
Gente, isso é um absurdo!!!
Procurei o diretor do Hospital pra fazer uma denuncia, este estava viajando. Procurei a ouvidoria, esta estava fechada, pois a moça que trabalha lá não tinha ido.
– Meu Deus? Onde estamos? Comparei com a musica do Raul Seixas, “O dia em que a terra parou”. 
- Cadê o compromisso desses profissionais? Será que eles esqueceram que estão lidando com vida?
Infelizmente acho que esqueceram sim, mas eu liguei para a ouvidoria geral do estado e espero que a Secretaria de Saúde os façam lembrar que em cada leito daquela UTI existem pessoas queridas, e a minha em especial, a qual devo a vida e que tudo farei pela sua saúde, se esta for a vontade de Deus, caso contrario, farei tudo para que ela tenha uma passagem digna com toda honra e merecimento de uma mulher que trabalhou e lutou junto com meu pai para criar os filhos com muito amor e dignidade.

Por Marta Araujo
Edição Blog do Pessoa