Não fui ao velório e nem ao sepultamento do ex-deputado Moraes Sousa. Como espiritualista, tenho uma visão própria acerca dos mortos, dos que nos deixam por aqui para viverem espiritualmente em outras dimensões.
Minhas idas a cemitérios são muito raras. Prefiro rezar a sós pelos que se vão, a juntar-me a multidões, onde nem sempre se consegue guardar o respeito devido à memória do falecido.
Mas a minha amizade com o ex-deputado era mais próxima do que muitos imaginam.E foi muito próxima quando ele me encarregou de formar uma equipe para iniciarmos a programação oficial da Rádio Igaraçu, em 1985.Cedeu-me, inclusive, uma caminhoneta F-100, que pertenceu às Casas Moraes Sousa, a fim de que eu me deslocasse mais rapidamente para casa e retornasse à emissora, porque o trabalho na época era intenso. Depois devolvi o carro ao filho dele, após Francisco Brandão (filho de Luís Brandão) haver batido um outro carro da família que foi cedido à Rádio para que fizéssemos a primeira transmissão de carnaval, direto da Av. Capitão Claro.
Outro fato que marcou nossa amizade: Quando terminamos nosso curso superior, em Sobral- Ce., por sugestão nossa o convidamos para ser o Patrono de nossa turma. Convite aceito, lá ele compareceu, juntamente com a esposa, Dona Mana e a irmã, professora Maria Cristina, dentre outros parnaibanos.
Tinha defeitos. Vários. Todos os temos. E imbecil é quem não entende ser isso a coisa mais comum do mundo entre humanos. Porém, ele estava sempre buscando acertar, inclusive quando praticava a caridade, sem dar publicidade a isso.
Quantos ele ajudou, silenciosamente, conforme é o aconselhamento bíblico! Morreu, como todos nós morreremos um dia. Que ele procure, do outro lado, trilhar o caminho que pavimentou, através de suas boas ações.
Bernardo Silva/Proparnaiba.com
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