6 de dez. de 2011

Meu adeus ao ex- deputado Moraes Sousa

Não fui ao velório e nem ao sepultamento do ex-deputado Moraes Sousa. Como espiritualista, tenho uma visão própria acerca dos mortos, dos que nos deixam por aqui para viverem espiritualmente em outras dimensões.
Minhas idas a cemitérios são muito raras. Prefiro rezar a sós pelos que se vão, a juntar-me a multidões, onde nem sempre se consegue guardar o respeito devido à memória do falecido.
Mas a minha amizade com o ex-deputado era mais próxima do que muitos imaginam.E foi muito próxima quando ele me encarregou de formar uma equipe para iniciarmos a programação oficial da Rádio Igaraçu, em 1985.Cedeu-me, inclusive, uma caminhoneta F-100, que pertenceu às Casas Moraes Sousa, a fim de que eu me deslocasse mais rapidamente para casa e retornasse à emissora, porque o trabalho na época era intenso. Depois devolvi o carro ao filho dele, após Francisco Brandão (filho de Luís Brandão) haver batido um outro carro da família que foi cedido à Rádio para que fizéssemos a primeira transmissão de carnaval, direto da Av. Capitão Claro.
Ele sempre gostou de rádio e jornal. Foi o maior acionista individual da Rádio Educadora de Parnaíba e do jornal Folha do Litoral.Disse-me que chegou a ser tipógrafo...Era um entusiasta dos meios de comunicação da cidade.
Depois, tínhamos nossas viagens ao interior do Estado, às vezes com a presença do irmão dele, ex-senador Mão Santa.Trocamos muitas idéias, inclusive no ano passado, quando ele convidou-me a ir à Federação das Indústrias, isso bem próximo à campanha eleitoral que elegeria Wilson Martins governador. Ele me queria fazendo um programa de Rádio na Liderança, em favor do candidato que tinha o filho dele, Moraes Sousa Filho, como vice. O papo foi rápido, ficamos de continuá-lo depois, já que ele estaria viajando naquele início de tarde.Porém, "forças ocultas"  fizeram-no mudar o foco. Não mais nos vimos ou conversamos.
Outro fato que marcou nossa amizade: Quando terminamos nosso curso superior, em Sobral- Ce., por sugestão nossa o convidamos para ser o Patrono de nossa turma. Convite aceito, lá ele compareceu, juntamente com a esposa, Dona Mana e a irmã, professora Maria Cristina, dentre outros parnaibanos.
A política nos afastou. Mas ficou o respeito com o qual sempre nos tratamos e a certeza de que o Piauí ficou muito mais pobre de lideranças políticas.O equilíbrio e afidelidade aos amigos eram suas marcas.
Tinha defeitos. Vários. Todos os temos. E imbecil é quem não entende ser isso a coisa mais comum do mundo entre humanos. Porém, ele estava sempre buscando acertar, inclusive quando praticava a caridade, sem dar publicidade a isso.
Quantos ele ajudou, silenciosamente, conforme é o aconselhamento bíblico! Morreu, como todos nós morreremos um dia. Que ele procure, do outro lado, trilhar o caminho que pavimentou, através de suas boas ações.
Bernardo Silva/Proparnaiba.com

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