29 de nov. de 2011

Para professor enrolão, seminário é a solução

Semestre passado perguntei a um formando do mesmo curso, qual teria sido a quantidade de seminários, e este me confidenciou que não sabia ao certo. Encontrou-me posteriormente, e disse que foi contar, e que teria apresentado por volta de 40 seminários. Em algumas disciplinas chegou a apresentar 3 trabalhos, em um mesmo semestre.

É inegável que um bom trabalho de pesquisa com apresentação pode agregar muito valor ao aluno, tanto em relação ao aprendizado quanto ao desenvolvimento pessoal, já que no cotidiano profissional será necessário fazer apresentações em público.
Mas quando observamos que em grande parte das disciplinas os conteúdos são ministrados por estudantes, alguma coisa está errada.

     Em algumas disciplinas é normal a apresentação e orientação de trabalhos, como por exemplo, as disciplinas de Metodologia, ou mesmo de pesquisa. Em outros casos são seminários para conclusão, com poucas horas-aula, justificando pela motivação que pode gerar nos alunos, além do conteúdo que pode ser trabalhado.
Mas o que dizer quando são disciplinas teóricas, do tronco principal da grade de ensino, com mais da metade da carga horária sendo de seminários? Ou ainda quando o próprio livro-texto é dividido entre os alunos para que estes apresentem o conteúdo?
Um aluno de direito me relatou o caso de um professor de Processo Civil que chegou no primeiro dia de aula com o código, dividiu o mesmo em capítulos, e avisou aos alunos que a partir da próxima aula seriam chamados em ordem alfabética para apresentarem o texto durante as duas horas.
     Uma parte dos professores acredita que o aluno pode ter um bom desempenho na apresentação de seminários, mas para outra parte, o seminário “comendo” parte significativa das horas-aula de uma disciplina é apenas um pretexto para esconder sua incompetência em desenvolver 60 horas-aula de estudo por completo.
A verdade é que uma parte dos professores se esconde terceirizando suas aulas aos alunos, até porque não têm leitura e didática suficientes para enfrentar 60/70 alunos durante o semestre inteiro.
Outros acabam repassando a forma de ensinar nos programas de pós-graduação, onde a dinâmica é totalmente diferente, e pouco se importam se os estudantes estão ou não aprendendo o conteúdo obrigatório.
     E se para o aluno que perguntei, os 40 seminários apresentados por ele foram em uma Universidade Federal, o que dizer do restante das instituições?
     Como sou um professor “antiquado”, utilizo minhas 60 horas da melhor forma possível, dando todas as aulas e aplicando as provas, pois ainda não consegui encontrar um método mais adequado de avaliação. Mesmo reconhecendo que o mundo está mudando rapidamente, e que será preciso uma nova metodologia, ainda não mudei minha forma de ensinar.
Talvez o errado seja eu.

Por: Roderico Júnior
Autor: Pierre Lucena

10 comentários:

  1. na minha opinião em tudo deve haver um equilíbrio, o professor deve relacionar atividades de ensino e pesquisa e a universidade deve proporcionar a extensão, é preciso sim que o aluno pesquise e seja posto alí na frente para falar o que pesquisou e que entendeu e ainda poder trabalhar em grupo com os colegas, tudo na dose certa ainda mais quando se trata de disciplinas bases do curso. deve-se levar em consideração tb o lado do prof. que as vezes é mal remunerado e tem que correr atrás pegando várias disciplinas ou turmas. tudo deve ser analisado, todos os lados da moeda, o sistema atual de ensino é deficitário e deve ser bem analisado, pensem nisso!!!

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  2. isso na UFPI acontece muito e olha que lá tem alunos que só querem ser os QI

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  3. anonimo 30 de novembro de 2011 07:57

    INVEJA MATA, TU DEVE ESTUDAR EM UNIVERSIDADE PARTICULAR QUE PARA ENTRAR NO CURSO BASTA FAZER UM REDAÇÃO QUE NEM É CORRIGIDA,,, ENTÃO NÃO VENHA FAZER COMENTÁRIOS SOBRE INSTITUIÇÃO FEDERAL.... E RESPEITO DA OPINÃO DO CIDADÃO, RESPEITO MAIS NÃO CONCORDO!!!! POIS NUM SEMINÁRIO O ALUNO É OBRIGADO A ESTUDAR PARA OBTER UM BOM RESULTADO, E PROVA ESCRITA NÃO QUER DIZER QUE O ALUNO É CAPACITADO!!!! O SEMINÁRIO TRABALHA A QUESTÃO DA DESENVOLTURA DO ALUNO É CLARO QUE TAMBEM O ALUNO DEVE SER AVALIADO COM PROVAS ESCRITAS!!!!!

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  4. Roderico eu concordo, tem certos professores lá que abusam mesmo!

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  5. As Universidades refletem a sociedade. Lá tem alunos (A MAIORIA) interessadissimos que vão buscar sua formação, se envolvem nas atividades propostas, questionam, são responsáveis, somam com a aula mais tbm tem muito aluno vagabundo, irresponsável e pq não dizer incopetente.
    Sabedoria deve ter o professor para diferenciar cada um e agir conforme sua turma.
    E deixe que a seleção natural encarregue-se se colocar no mercado de trablho os mais adaptaveis.

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  6. Um professor meu certa vez, disse para os alunos que seminário era para professor preguiçoso. Ele não fazia 1. Só prova.

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  7. Ou seja, só enchem linguíça!!! Por isso que é muito fácil ser professor universitário, hoje!

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  8. QUERO SABER DESSE PROFESSOR QUE SÓ FAZ PROVA, E NO CURSO DE PEDAGOGIA,,, COMO ELE SE COMPORTAVA!!! ELE DEVE SER PROFESSOR DE FUNDAMENTAL POR ISSO TEM ESSA OPINIÃO

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  9. Ao anônimo 29 de novembro de 2011 23:52
    Perceba que o pôster fala em exageros, onde professores, terceirizam alunos com excessos de seminários e divisão de conteúdos não apresentados.
    Relacionado à remuneração dos professores e a irresponsabilidade de “pegarem” várias disciplinas para aumentar sua renda, sem possuir capacidade para isso, comprometem diretamente o ensino e aprendizagem. Penso que, tais “profissionais” transferem aos alunos, seus traumas, irresponsabilidade e incompetência.
    Este tipo de profissional deve ser extinto da docência o mais rápido possível.

    Ao anônimo 30 de novembro de 2011 07:57
    Sim, estudo em faculdade particular, também. Pois nela tenho a data concreta de ingresso e término, diferente de algumas universidades em que o aluno não tem expectativa de conclusão do curso, por constantes greves e falhas na matriz curricular.
    Não tenho conhecimento de tal redação, porém, conheço um sistema falho e “burlado” chamado ENEM, que mesmo com vazamento de provas, por aqui chega a fazer até a 10ª chamada para ingressos de alunos.
    E com relação a seminário, o aluno apenas apresenta parte do conteúdo do semestre, onde o restante passa a ser responsabilidade de outros alunos, implicando diretamente no desenvolvimento da(s) disciplina(s).
    Desculpe-me por algumas verdades. É que na instituição que estudo, o aluno é doutrinado com veemência a cumprir com seriedade e compromisso suas futuras profissões.

    Agradeço a participação de todos.

    Sem mais.

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  10. Para quem realmente tem dinheiro, deve ser é um elogio dizer que estuda numa universidade particular, mas com todas as virtudes postas por este rapaz a universidade particular, por que será que com tantas qualidades as universidades públicas não conseguiram alcançar nem média das universidades públicas no enade, pagar é fácil quero ver é realmente estudar e passar num vestibular tão concorrido como são todos os concursos das universidades públicas. Obs.: nem um preconceito com os que realmente estudam nestas universidades mais também não venha apontar seu dedo podre lembre-se que quando vc aponta um dedo para apontar o erro alheio os outros quatro dedos apontam diretamente para vc, certo valeu

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