7 de out. de 2011

Passou a fase do teatro

Jornalista Arimateia Azevedo - Sobre a fala do Promotor Eliardo Cabral

Uma coisa se tem certeza da reunião que o governador Wilson Martins promoveu, anteontem, com as instituições envolvidas na apuração do caso Fernanda Lages: ela começa a dar algum resultado. Os representantes do Ministério Público e da Polícia Civil se reuniram para aparar as diferenças. Para os mais próximos do governador do Estado, a intenção de Wilson Martins foi ter a certeza de que o caso está sendo investigado com o devido rigor. E, se alguma parte – incluindo a OAB e o advogado da família de Fernanda – tivesse qualquer reparo, que externasse. Ficaram evidente as diferenças entre Ministério Público e Polícia Civil, que se entende serem mais de forma que de fundo. Desde o início das investigações, a diferença de estilo se revelou, com efeitos colaterais indesejados. De um lado, a polícia se fechou num silêncio que deu margens às especulações e aos boatos. De outro, os representantes do Ministério Público externando as mais variadas versões, muitas delas, apontando para pessoas de vários segmentos como eventuais suspeitas. No meio disso tudo ficou a opinião pública, tomada pela perplexidade e a falta de confiança nas instituições. Mas é de se esperar que a partir de agora, após a reunião entre Ministério Público e Polícia Civil os ânimos estejam serenados. E fazer com que, juntos e sem a espetacularização deste triste caso, chegue-se ao que a sociedade piauiense cobra: a resolução do crime, com a devida indicação dos culpados, doa a quem doer, como bem frisou o governador. Não importa se cometido por figurinha ou por figurão. Qualquer que seja o culpado, ele deve ser apresentado, denunciado e julgado.


Não exclui
Estão interpretando erradamente a afirmação do promotor Eliardo Cabral de que a origem do assassinato de Fernanda Lages seriam alguns figurões e os bacanais em chácaras das redondezas.
Porque a existência desses não exclui das investigações os outros personagens que até aqui tem sido citados.

Afasta
Tanto isso é verdade que o promotor quer que o delegado Paulo Nogueira seja afastado por seu vínculo partidário que o aproxima do presidente do PMDB, Marcelo Castro.
Mas o delegado negou ontem, que tenha esse tipo de ligação.



Fonte: AZ
Edição Blog do Pessoa 

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