Coluna: Tunel do Tempo

O futebol descalço

Essa aqui vai matar de saudades o pessoal da Guarita, principalmente o Tenente Rui Fontenele, o Gilvan do BNB, o Elói, o Doutor, e o Zé da Princesa.
O Copeças F. Clube, formado pelo pessoal da antiga casa de peças do mesmo nome, que ficava na Guarita, entrou para a história do futebol parnaibano ao formar um grande time, figurando entre os "cobras" da época, como o Flamengo do Tachinha, o Ajax do Deusimar, O Pró-Álcool, o Litorâneo do Riba, o Jardim Esperança do João Porquinho, O Juventus dos irmãos Ary, Jair, Nego Edy e Ares, o Olímpico do Nourival e o Palmeiras do Chagas. O Campo da Mercedes era pequeno para assistir aos memoráveis embates entre os quase 80 times que disputavam o Campeonato Suburbano e o Torneio Carlos Antônio, promovido pelo Prentice Medeiros de Albuquerque. Todos os dias ficávamos de ouvidos colados no rádio para escutar a "resenha" do Murilo Ferreira e saber quem seria o próximo adversário e o campo onde iríamos jogar. O Copeças era comandado pelo Gonçalo e era presidido pelo desportista cearense, Seu Azinha, falecido em 2007. O Copeças deixou saudades e muitos fans e acabou junto com o campo da Mercedes, quando Machado oficial de justiça solicitou a interdição do campo devido às boladas em seu telhado. Morria ali um pedaço da vida e dos sonhos de muitos adolescentes e marmanjos que não perdiam um sabado e um domingo sequer para assistir aos grandes jogos realizados no Maracanã do Subúrbio, que era o Campo da Mercedes. Ganhamos o último torneio Carlos Antônio em 1989 e este escritor, que era o camisa 5, volante corredor e driblador, recebeu das mãos do Mão Santa aquele lindo troféu.

Copeças - da esquerda para a direita:
Em pé: Paulo da Copeças, Maranhão mecânico, Zezinho, Doutor, Zé da Princesa, Totonho, Gilvan e Elói.
Agachados: Zezinho, Tadeu, Fifí, Rui e Álvaro



Por Álvaro Braga
Edição Blog do Pessoa