8 de set. de 2011

Vigia nega que Fernanda Lages entrou pelo prédio do MPF


O vigia da Servi San que prestou depoimento agora pouco na sede da Cico garantiu a Polícia que a estudante de Direito, Fernanda Lages, 19 anos, não entrou pela obra do prédio do Ministério Público Federal.
O nome do vigia não foi revelado pela polícia e nem pelo advogado do Sindicado dos Vigilantes, Luiz Bonfim, que o acompanhou no depoimento. 

“O vigia informou à polícia que não viu nada, pois a obra é muito grande. Ele disse que estava no posto e que mesmo na ronda feita de duas em duas horas não viu vulto e nem gritos na obra”, informou Luiz Bonfim.

O vigia garantiu ainda a Polícia que Fernanda Lages não entrou pelo prédio do MPF, pois o portão é rigorosamente controlado. “O portão é fechado e só é aberto às 5h30 com a chegada dos operários”, disse o vigia para o delegado.
Luiz Bonfim, advogado do sindicato dos vigilantes

Houve uma informação de que o delegado da Cico, Paulo Nogueira, fez  uma acareação entre os vigias das obras do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) e do Ministério Público Federal, mas o advogado negou. 

É a segunda vez que ele presta depoimento a polícia. Ele passou cerca de 3 horas prestando depoimento e agora é a vez do vigia Domingos dos Santos. 

O laudo cadavérico e o resultado da perícia no local do crime serão entregues até amanhã.

O promotor de Justiça, João Mendes Benigno Filho foi designado pelo Ministério Público para acompanhar o caso.

A morte de Fernanda Veras está sendo investigada por uma comissão de quatro delegados.

O advogado da família de Fernanda Lages, Lucas Villa, acompanhou os depoimentos a pedido dos pais da universitária e explicou que não poderá dar muitas informações.

“O que eu posso dizer é que a família continua não acreditando na hipótese de suicídio”, disse o advogado.

De acordo com o delegado Armandinho Moura, que estava na sala de depoimento, três pessoas foram convocadas para ser ouvidas nesta quinta-feira. Entretanto, o presidente da Cico descartou que tenha sido promovida acareação e garantiu que todos foram ouvidos separadamente.

“A perícia tem 30 dias para entregar os laudos, mas pode ser pedido mais tempo caso esse prazo não seja suficiente para solucionar o crime. A polícia vai dar uma resposta. O trabalho está sendo feito. Mas sem os laudos periciais a hipótese de suicídio não está descartada, assim como qualquer outra”, disse Armandinho Moura.

Fonte: Cidade Verde
Edição: Blog do Pessoa

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