2 de set. de 2011

Vice prefeito Luis Neto tio de menina morta em acidente do bonde diz que descaso causou a tragédia

O corpo de Maria Eduarda Nunes, de 12 anos, que morreu no acidente com o bonde em Santa Teresa no último sábado, foi cremado nesta sexta-feira no cemitério do Caju. O pai da menina, Orlando Moreira Nunes, foi delegado da Polícia Federal (PF) no Piauí e atuou por quatro anos na Superintendência da PF no estado.

O irmão de Orlando, Luís Nunes, de 45 anos, foi o único que conversou com a imprensa. Além de Orlando e a menina, estavam no bonde a mulher dele, Daniela Dourado, de 40 anos, jornalista da TV Globo, e um outro filho do casal. 



- Estamos nos segurando na família e em Deus. O momento agora é de se preocupar com a Daniela, que ainda vai levar alguns meses para se recuperar. Estamos querendo agora o conforto em Deus - disse Luís. 

Indagado se a família estava revoltada, o tio de Maria Eduarda respondeu: 

- A palavra não é revolta, mas falta de responsabilidade e descaso com as pessoas. Alguém tem que pagar por isso. 
Missa em homenagem a condutor

Moradores de Santa Teresa e amigos de Nelson Correa da Silva participaram de uma missa nesta sexta-feira para homenagear o motorneiro que morreu no acidente. A missa, celebrada na capela Religiosas de Maria Imaculada, foi organizada por freiras. A igreja fica na mesma rua do acidente. Nenhum familiar de Nelson esteve na solenidade, mas muitos amigos que trabalhavam com a vítima foram prestar suas homenagens, como o motorneiro Marcos Celestino: 

- Nelson era um excelente motorneiro. Era um amigo. Ele se preocupava com o usuário do bondinho e com a vida. Por isso, ele não pulou na hora do acidente. Temos muito orgulho dele - afirmou Celestino, que trabalha há 30 anos dirigindo bondes. 

Marcos disse que, mesmo após o acidente, não pensa em desistir da profissão. 

- Eu espero continuar dirigindo os bondinhos, mas espero também que as condições mudem - disse. 

Inquérito sobre acidente de 2009 revela que empresa que administra bondes sabia de riscos à população

O inquérito de investigação do acidente envolvendo um bonde de Santa Teresa que perdeu o freio e matou uma professora, em 2009, revela que a empresa que administra o serviço já sabia dos riscos que a população corria. De acordo com reportagem do "RJTV", da TV Globo, o documento mostra que o diretor de engenharia da Central Logística, empresa responsável pelos bondes, Fábio Tepedino, afirmou à época que um acidente semelhante com um bonde antigo "teria, certamente, repercussões mais graves".

A perícia feita pela Polícia Civil em 2009 concluiu que o bonde perdeu o feio ao ser atingido pelo táxi. Eles afirmaram que as peças do freio, atingidas na batida, ficavam na parte da frente do veículo e protegidas por uma fina caixa de fibra de vidro, e que por isso a localização era inadequada e totalmente ineficiente para evitar o colapso do sistema de freio.

Fonte e Foto: Globo

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